O PL está de olho nos Republicanos, seção estadual. Os liberais catarinenses vislumbram a perspectiva de assumir o comando da sigla na província. Para isso, a articulação é no sentido de dar um chega pra lá no ex-governador Carlos Moisés, que não vai cumprir com o compromisso assumido com Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos. O compromisso foi reestruturar a sigla e prepará-la para o embate municipal de 2024. Desde a posse do Bombeiro na proa da legenda, contudo, nada aconteceu.
O ex-governador não tem a manha de fazer política, não sabe construir partido e mais do que isso, Moisés está se preparando para concorrer à prefeitura de Tubarão. Como ele vai coordenar a campanha nos municípios? Também porque ele já deveria estar realizando aquele trabalho prévio de recrutamento de candidaturas às prefeituras e às câmaras de vereadores. Mas nem isso está em curso no partido.
Em 2024 ele vai se dedicar à campanha eleitoral na Cidade Azul. Diante de tudo isso, há conversações fortes nos bastidores para quem sabe um deputado estadual ou mesmo federal; ou um preposto de um parlamentar liberal, assumir o comando do Republicanos.
Agregando
Seria mais um partido a integrar a coalizão partidária a ser liderada pelo PL, que já conta com o MDB e o PP no governo.
Amplitude
As duas siglas são representadas, vamos focar apenas no primeiro escalão, por Jerry Comper, deputado estadual emedebista na Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade; e o ex-deputado Silvio Dreveck na Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços.
Só que com as mudanças a serem processadas no colegiado estadual, considerando até a desincompatibilização de alguns colaboradores para concorrer às eleições, a disposição de Jorginho Mello é entregar mais uma Secretaria para cada um dos dois partidos, MDB e PP.
Pode
O Podemos, registre-se, já está bem alinhavado com o governador. É bem provável que Paulinha Silva, eleita deputada estadual pelo Podemos vá para o PSD. Mas o Podemos é presidido por Camilo Martins, que não vai trocar de partido. Seu sucessor em Palhoça, eleito por sua influência, Eduardo Freccia, já foi para o PL. Vai disputar a reeleição abrigado na sigla pilotada por Jorginho.
Quinteto
Ou seja, se considerarmos, ainda, a fusão do PTB com o Patriotas, aprovada pelo TSE, estamos falando de outros quatro partidos, além do PL. O Republicanos, uma vez bem viabilizada essa operação de troca de comando, seria o quarto.
Kennedy
O novo partido que surgiu de PTB-Patriotas, em princípio será pilotado por alguém ligado ao ex-deputado Kennedy Nunes, hoje diretor-geral do Detran.
Tucanato
Além disso, o PSDB poderá ser atraído para essa composição, Então, uma conjectura dessa acomodação partidária poderia contar com cinco partidos, já vislumbrando 2024 e 2026.
Isolado?
O PSD, que hoje se apresenta como principal oponente a Jorginho Mello, antes mesmo do PT, como ficará?. O PT vai trazer toda a esquerda no seu entorno? Não se sabe. Poderá repetir 2022, mas nada garante que PSOL, PC do B, PDT e tantos outros vão estar com o PT. Suponhamos que a canhotada esteja toda nessa trincheira esquerdista.
Hum
O PSD ficaria então ao centro. Mas vai contar com quem, considerando-se que avançou sobre prefeitos de outros partidos, como do próprio PSDB? Isso pode facilitar a aproximação dos tucanos com Jorginho Mello, que não descarta, ainda, atrair o União Brasil. Que é parceiro incondicional do PSD. Ainda mais que Gean Loureiro perdeu o comando do UB em Santa Catarina. Quem dá as cartas agora é o deputado federal Fábio Schiochet. Em linha direta com Antônio Rueda, que desbancou Luciano Bivar na direção nacional do União Brasil.
Parcerias
Mas se o PSD não contar nem com União Brasil e partindo da premissa que pode perder o Republicanos, vai ficar com quem? Vai coligar com quem? Vai ter como parceiro que sigla? É uma situação desafiadora que começa a se vislumbrar para esse PSD reforçado, mas que pelo visto esqueceu que é importante ter parceiros partidários para enfrentar as eleições.
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