A chamada PEC da imunidade, proposta pelo novo presidente da Câmara, Arthur Lira (foto), que levou a matéria diretamente ao plenário, a toque de caixa, segue rendendo. Líder do Centrão, Lira avaliou que iria enfiar o projeto “goela abaixo“, mas se enganou redondamente.
Sobretudo porque o texto avançou e muito o sinal, saindo da seara da imunidade e indo para a órbita nefasta da impunidade parlamentar.
Foi colocada em votação para admissibilidade, mas nos termos em que foi elaborada, nem merecia ser admitida de tão absurda.
Lira e aliados queriam, na verdade, se blindar não só sobre suas opiniões – o que motivou a prisão do colega falastrão Daniel Silveira -, mas sim em relação à corrupção em suas mais variadas formas e possibilidades. É um precedente gravíssimo.
O sim da contramão
Os deputados de Santa Catarina que votaram a favor da PEC da impunidade, atirando contra o próprio pé e contra a sociedade: Angela Amin, Darci de Matos, Caroline de Toni, Fabio Schiochet, Coronel Armando, Geovania de Sá, Daniel Freitas e Hélio Costa.
Desfaçatez
O mais lamentável, no entanto, não foi nem a admissão da PEC. O pior é votar pela admissibilidade e ir às redes sociais dizendo que é contra o projeto. Três parlamentares de Santa Catarina agiram assim: Darci de Matos, Geovania de Sá e Fábio Schiochet. Convenhamos. Se são contra mesmo, porque admitiram a tramitação desta excrescência?
O “não“ acertado
Já os catarinenses que disseram não a esta indecência: Carlos Chiodini, Pedro Uczai, Carmen Zanotto, Ricardo Guidi, Celso Maldaner, Rodrigo Coelho, Gilson Marques e Rogério Peninha Mendonça. Estão de parabéns.
foto>Pablo Valadares, Câmara dos Deputados