O quadro em Blumenau
A janela da infidelidade mudou o quadro político da terceira maior cidade do Estado. O PMDB perdeu o único vereador que tinha e também o vice-prefeito, Jovino Cardoso, que foi para o PSD. O prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) prefere acreditar que o movimento peemedebista sinaliza para uma possível composição junto ao projeto reeleitoral. Do outro lado, o deputado estadual Jean Kuhlmann aposta todas as fichas na candidatura a vereador de Jovino, o que reforçaria sua iniciativa para conquistar o paço.
O ex-prefeito e atual deputado federal João Paulo Kleinübing continua resistindo às pressões no sentido de candidatar-se novamente. Assim que terminar a votação do impeachment, JPK retorna à Secretaria de Estado da Saúde e tem até quatro meses antes do pleito para se desincompatibilizar se quiser disputar a prefeitura. Enquanto o prefeito comemora o fato de o PSD ter perdido dois vereadores, Jean Kuhlmann acredita que eles foram para outros partidos para pulverizar o projeto a partir da formação de alianças que garantiriam mais tempo de TV e musculatura eleitoral aos pessedistas.
Octógno
Para Jean Kuhlmann, a eleição em Blumenau terá de sete a oito candidatos a prefeito. Como oposição, o pessedista aposta na decisão em segundo turno. A pulverização facilitaria essa equação. Napoleão Bernardes contrapõe. Antevê uma polarização entre os grupos liderados por PSDB e PSD. O PT, avalia o tucano, está muito enfraquecido e deve ficar isolado.
PMDB murcha
A polarização pode mesmo ocorrer em Blumenau. Não é só o PT que está fragilizado. O PMDB também. Além de perder o único vereador e o vice-prefeito, o reitor da Furb, João Natel, pode declinar do convite para ser candidato a prefeito. Ele teria que renunciar à reitoria e tem mandato até 2018, ano que completa tempo suficiente para a aposentadoria!
Napoleônicos
Outros partidos importantes em Blumenau, como o PP e o DEM estão fechados com o prefeito. O PMDB, embora cortejado pelo PSD, pode se abrigar no ninho de Napoleão caso não lance candidato à cabeça de chapa.
Motivos para saída
Só agora vazaram os verdadeiros motivos que levaram o deputado estadual Narcizo Parisotto a mudar de partido. Ele era o único representante do DEM na Alesc e buscou abrigo no PSC na janela de março. Isso porque o presidente estadual do DEM, ex-deputado Paulo Gouvêa da Costa, que foi secretário de Obras do Estado na gestão Vilson Kleinübing (a quem era umbilicalmente ligado), atrelou o Democratas ao senador Dário Berger (PMDB).
Pano de fundo
Gouvêa vem a ser o primeiro suplente de Dário e fez o movimento de olho numa cadeira no Senado a partir de 2019, a depender do resultado do pleito estadual de 2018. Carlos Alberto Tabalipa, liderança de São José, acompanhou Parisotto na troca do DEM pelo PSC.
Pivô
Só agora veio á tona o papel decisivo que o presidente da Alesc, deputado Gelson Merísio, teve na exitosa tese de Santa Catarina, que obteve histórica liminar para revisão da cobrança da dívida do Estado com a União no STF semana passada. Consta que foi Merísio quem convenceu Raimundo Colombo e Antônio Gavazzoni a levar a empreitada adiante.
Trabalho conjunto
“É Santa Catarina mais uma vez protagonista. Um exemplo de como o trabalho conjunto, defendendo interesses de Estado, pode trazer grandes benefícios. A Assembleia e o Governo estão juntos neste projeto e vamos continuar trabalhando”, afirmou ele, destacando que os recursos que agora ficarão no Estado permitirão a retomada de investimentos na Saúde e na Educação estadual.
Tribuna virtual
A Consultoria Bites trouxe a público um levantamento com base na posição dos deputados, manifestada no twitter, sobre o impeachment de Dilma. Por Estado, o Espírito Santo, proporcionalmente, é o que tem mais parlamentares favoráveis ao impedimento, com 80%. Na sequência, vem Goiás, Amazonas e Santa Catarina, todos om 75% dos deputados a favor da degola.