Agora está explicado porque João Rodrigues, prefeito de Chapecó, que esteve no ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, não foi a Copacabana e nem marcou presença nas agendas do ex-presidente em Balneário Camboriú, Camboriú e São José.
Faz uns dois meses que o oestino mergulhou, submergiu, parou de gravar vídeos defendendo o ex-presidente e as pautas caras ao conservadorismo.
A explicação é clara. Bolsonaro comunicou a João Rodrigues que, se ele deseja ser candidato ao Senado em 2026 com o apoio do líder da direita nacional, precisará trocar o PSD pelo PL.
Não há hipótese de o PSD estar na chapa com o PL daqui a pouco mais de dois anos.
Jair Bolsonaro quer distância do partido comandado por Gilberto Kassab. Com esse movimento, Bolsonaro já deixa muito claro que o candidato dele a governador atende pelo nome de Jorginho Mello.
Aliás, o ex-presidente já havia dito que João Rodrigues é nome para o Senado. Quando esteve em Chapecó, Bolsonaro, ao ouvir os áulicos do prefeito gritarem o nome de Rodrigues para governador, ele se manifestou, afirmando que era João Rodrigues senador, não governador.
Em relação às eleições municipais deste ano, o PL aguarda uma posição do prefeito.
Se o PSD quiser compor, o nome para vice é o do empresário Leandro Sorgatto, presidente do PL chapecoense. Ele é filho do ex-deputado Gelson Sorgatto.
Se João Rodrigues confirmar o nome de Eron Giordani como vice, não fazendo o que Topázio Neto, prefeito de Florianópolis, está fazendo ao ceder o espaço de vice aos liberais, o PL lançará candidato. Ou melhor candidata. O nome que está nos planos do governador é o da deputada federal Daniela Reinehr.
Como o PT já lançou o nome de Padre Pedro Baldissera ao pleito chapecoense, a divisão da direita, numa eleição de turno único, poderia favorecer os petistas, que são fortes na cidade e na região.
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