Criados, crescidos e abastecidos pelo dinheiro público, os ex-governadores (um em mandatos-tampões porque nunca teve votos), Paulo Afonso Vieira e Eduardo Moreira seguem a saga para tentar soterrar de vez o MDB em Santa Catarina.
Talvez para favorecer o PT, partido ao qual os dois, sobretudo o primeiro, parecem admirar sobremaneira.
Não bastasse serem dois dos principais responsáveis pela derrocada emedebista desde 2018, eles seguem atirando contra o próprio partido.
Em reuniões de bancadas, eventos partidários ou pela mídia, a dupla gosta de cobrar, insinuar, afirmar, acusar que o MDB está virando coadjuvante do PL.
Ocorre que quem transformou o partido em uma legenda menor foram eles e seus asseclas.
Eduardo Moreira presidiu a legenda por 12 anos. Nunca fortaleceu o MDB. Só se beneficiou, e como, da função, sugando o partido até a medula.
Paulo Afonso Vieira saiu pela porta dos fundos do governo e depois disso viveu orbitando o PT, puxando o saco de Lula da Silva e de seus camaradas. Virou uma figura menor, sem expressão.
Nesse contexto, o deputado estadual Antídio Lunelli mandou uma mensagem à turma do Manda Brasa raiz depois da convenção de segunda à noite. Para o bem do MDB e da democracia os dois deveriam receber uma placa e irem pescar.
Confira:
“Ontem, tivemos nossa convenção, um evento que mais uma vez mostrou nossa força. Desejo sucesso ao nosso presidente, Carlos Chiodini, que tem já nesse ano dois grandes desafios: vencer a eleição em Itajaí e garantir que o MDB continue sendo a maior força política nos municípios catarinenses. Vamos trabalhar juntos por toda Santa Catarina levando nosso 15 e ajudando a eleger gente comprometida com o futuro do nosso Estado!
Já com calma e depois de analisar os discursos de ontem, gostaria de propor a vocês uma reflexão. Algumas importantes lideranças do MDB defenderam que nosso partido não pode se contentar em ser coadjuvante, que precisa ser alternativa em 2026, ano de eleição estadual. Outros lembraram a coragem que nosso líder Luiz Henrique teve em 2002 quando renunciou à Prefeitura de Joinville para se candidatar ao governo do Estado em uma eleição na qual Amin era o favorito incontestável. Mas o MDB surpreendeu e virou o jogo vencendo aquele pleito e construindo depois uma importante história de contribuição para com Santa Catarina.
Concordo com todas essas falas, entretanto – como somos o Movimento Democrático Brasileiro – me sinto à vontade para expressar que vejo contradição nesses discursos. Quem olhar para o passado recente – 2022 – também verá.
Tivemos a chance de levar o 15 para urna, tivemos a chance de apresentar aos catarinenses um projeto novo, um projeto de gestão e respeito ao dinheiro público, tivemos a chance de voltar a acender a chama do MDB e motivar nossos filiados. Mas, lamentavelmente, enfrentei diversos golpes nesse processo. Nem mesmo a nossa prévia foi respeitada e a mesa foi virada e desvirada diversas vezes para garantir que os interesses de uma parcela do partido fossem atendidos. A urna mostrou para todos nós que essa opção foi um grande erro. E esse erro custará a todos.
Para mim, tudo isso é página virada. Não guardo mágoa nem sentimento de revanchismo. Mas não ficarei calado ao ver aqueles que defenderam justamente a invisibilidade do MDB em 2022 agora nos cobrem protagonismo. Acredito sim que nosso partido tem todo potencial para voltar a governar Santa Catarina, mas isso vai exigir trabalho e resultado antes. Contem comigo para isso!
Fraternal abraço
Antídio Lunelli”