Coluna do dia

O recuo de Merísio

O recuo de Merísio

Depois de uma semana de fortes reações dos demais poderes (Tribunal de Justiça, Ministério Público, Udesc e TCE), sem falar nos sindicatos dos servidores, o presidente da Assembleia, Gelson Merísio (PSD), resolveu, repentinamente, retirar a emenda à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que, na prática, reduziria o repasse financeiro às instituições estaduais.

O detalhe é que a pressão estava sendo muito bem administrada pelo pessedista até sexta-feira. De uma hora para outra, no sábado à tarde, Merísio distribuiu uma nota comunicando a retirada da emenda, que era de sua autoria. Justificou o ato em função da “necessidade de harmonia e bom funcionamento de todas as partes envolvidas”.

Ou seja, não explicou nada. Mas a coluna apurou que o movimento brusco do comandante do Legislativo foi decidido a partir da publicação de uma matéria jornalística no fim de semana. O material, baseado em informações do Portal da Transparência, informava que procuradores e promotores receberam R$ 16,5 milhões de “atrasados” (mediante folhas de pagamento suplementares, fora  os salários e benefícios normais) em 2014, ano em que a economia tupiniquim já caminhava a passos largos para o atoleiro atual.

O deputado avaliou que a publicação da notícia poderia ser atribuída à influência da Alesc, proporcionando um clima de confronto entre os poderes. Para evitar o início da guerrilha, Gelson Merísio sacou a emenda e tudo fica como dantes no quartel de Abrantes.

 

 

Deboche

As informações divulgadas no fim de semana indicam que haveria procurador de Justiça recebendo uma fábula de dinheiro em apenas um único mês (quase R$ 400 mil).

 

 

 

Alô

Gelson Merísio ligou, no sábado, para o procurador-geral de Justiça, Sandro Neis. Informou a ele que estava retirando a emenda, que mexeria no duodécimo.

 

 

 

Protesto

As entidades hospitalares, que administram hospitais filantrópicos de Santa Catarina, promovem amanhã, dia 14, ato na Assembleia. Vão pressionar os deputados por mais recursos ao segmento, que ameaça com o fechamento de várias unidades Estado afora, em função da míngua financeira.

 

 

 

Lupa

Mesmo com o recuo de Gelson Merísio, retirando à emenda que reduziria o duodecimo dos poderes, a OAB delegou à Comissão de Controle Social dos Gastos Públicos a missão de emitir um parecer sobre a polêmica proposta.

 

 

Surdos-mudos

Jornalista Gerson Camarotti, do Portal G1, publicou nota afirmando que Lula da Silva e Dilma Rousseff não se falam há mais de um mês.

 

 

Alternativa

Caso o deputado João Rodrigues decida não disputar a prefeitura de Chapecó, assumindo a presidência estadual do DEM, a esposa dele, Fabiana, surge como alternativa no PSD. Mais provavelmente para compor de vice de Luciano Buligon, que nos próximos dias assina ficha no PSB, em ficha a ser abonada pelo presidente Paulo Bornhausen.

 

 

Cobrança

Presidente estadual dos tucanos, o deputado Marcos Vieira pilotou reunião pré-eleitoral em Rio do Sul no sábado. Diante de 350 correligionários do Alto Vale, ele apresentou números acerca do desempenho da legenda nas últimas quatro eleições e a quantidade de filiados em cada município. Surfou nos dados para dar uma chamada na turma, convocando os tucanos do Alto Vale a arregaçarem as mangas (evidentemente que o desempenho tem deixado a desejar), sem que a cobrada fosse, digamos, muito “brusca”.

 

 

Antessala

Nesta semana, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, vai depor no TSE. A máxima corte eleitoral do país investiga a campanha reeleitoral de Dilma Rousseff. A ida dele ao Judiciário leva a investigação e as suspeitas para dentro do Palácio do Planalto. Deputados federais de Santa Catarina, filiados ao PPS (Carmen Zanotto), PSB (Fabrício de Oliveira), PSDB (Geovânia de Sá e Marco Tebaldi) e PP (Esperidião Amin), vão marcar presença, como oposicionistas.

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