Rogério Peninha Mendonça (D na foto) é deputado federal de terceiro mandato (sim leitor, o post tem como personagem principal João Matos (E). Só mais algumas linhas e chegaremos a ele). Antes de aterrissar em Brasília, cumpriu três legislaturas como parlamentar estadual. Tem como base política o Alto Vale do Itajaí. E já sinalizou a companheiros que não disputará novamente uma vaga na Câmara. Quando muito, aceita ser aproveitado numa majoritária ou então poderá ser alocado numa posição federal do governo de seu amigo Jair Bolsonaro.
Uma decisão dessas, de político tradicional, mexe com as bases, já que os espaços são reduzidíssimos. O agito no Alto Vale, no entanto, é ainda maior. Peninha, seguindo o exemplo do falecido Aldo Schneider (Ex-presidente da Alesc), projeta lançar seu chefe de gabinete (que já assessor de imprensa), Rafael Pezenti, em seu espaço eleitoral.
Schneider, acometido pelo câncer em 2018, percebeu que não poderia concorrer a nova mandato. Optou por abrir as portas de seu patrimônio eleitoral para o ex-chefe de gabinete, Jerry Comper, hoje deputado. Na campanha, Comper se apresentou como “Jerry do Aldo.”
Como Peninha projeta lançar mão do mesmo expediente político, lideranças do Manda Brasa no Alto Vale estão torcendo o nariz. E apelam para que o ex-deputado João Matos volte ao circuito eleitoral. Ele avalia seriamente esta possibilidade. Por décadas, o Alto Vale foi a região onde se viu o MDB mais forte em Santa Catarina.
Matos, para quem não lembra, foi três vezes deputado estadual, tendo cumprido outros quatro mandatos de federal em sequência. Também foi secretário de Educação, de Administração, da Casa Civil e da Articulação Nacional. Isso tudo nos governos Luiz Henrique da Silveira e Raimundo Colombo. Matos, vale lembrar, foi quem guindou o próprio Peninha à condição de deputado estadual. E Aldo Schneider, quando Peninha foi a federal, foi o bola da vez. Ou seja, os dois têm seu sucesso político com as digitais de Matos lá no início.