Coluna do dia

O retorno

O catarinense Vinícius Lummertz foi convidado por Michel Temer, e aceitou reassumir a presidência da poderosa Embratur. O peemedebista foi o primeiro catarinense a desembarcar do governo anterior (lembrando que o diretório do PMDB de Santa Catarina foi o primeiro a anunciar o rompimento com a gestão petista). Lummertz, com o aval de Temer, promoverá mudanças significativas no Instituto. A posse – ou reposse – será na próxima segunda-feira, em Brasília.

Com o retorno de Vinícius Lummertz, a intenção do governo é mudar o caráter jurídico da Embratur. Hoje, ela é um instituto. Por isso, só pode receber recursos via orçamento federal. A ideia é transformar este instituto em uma agência federal, abrindo o leque para captação de recursos fora da esfera orçamentária. Já havia estudos neste sentido no governo liderado pelo PT, mas a proposta emperrou no Ministério do Planejamento. Dilma Rousseff não era simpática à ideia. Nesta nova gestão, Lummertz já conta também com o apoio do ministro Henrique Eduardo Alves para que a Embratur passe a atuar como agência. Projeto neste sentido deverá ser enviado ao Congresso Nacional.

 

Porteira

A volta de Vinícius Lummertz à Brasília permite prever que Djalma Berger e Paulo Afonso Vieira também retornarão à Eletrosul. O primeiro como presidente, o segundo como diretor.

 

Ecker fica

O secretário João Carlos Ecker não precisou entregar sua carta com pedido de exoneração ao governador Raimundo Colombo. Ele resistiu à pressão do PMDB e fica no colegiado estadual. O partido pressionou para que ele disputasse novamente a prefeitura de São Lourenço do Oeste. Também porque cardeais peemedebistas desejavam emplacar outro nome na pasta, algo que agora parece bem mais complicado.

 

Saídas

Como o prazo para desincompatibilizações encerrou-se ontem, o governo registrou as seguintes saídas: Milton Hóbus deixou a Defesa Civil. É deputado estadual e volta para a Assembléia. Como deputado vai coordenar todas as campanhas do PSD no Alto-Vale do Itajaí. Ari Vequi deixou o cargo de secretário-adjunto da Casa Civil. Tentará indicação para concorrer em chapa majoritária em Brusque.

 

Majoritárias

Arnaldo Zimmermann, do PCdoB, pediu exoneração da Secretaria Executiva de Combate à Fome. Também vislumbra uma disputa majoritária em Blumenau. Murilo Flores também está fora do Colegiado. Apresenta-se para as eleições em Florianópolis.

 

Vergonhoso

O aumento salarial que o Congresso concedeu aos servidores públicos federais. Verdade que os projetos foram gestados no Governo Dilma Rousseff, mas tiveram o absoluto aval de Michel Temer. Em quatro anos, os mais conservadores projetam um impacto de R$ 60 bilhões na contabilidade federal. Tudo pago com o meu, o seu, o nosso dinheiro. Vergonha total, considerando-se o contexto de crise, desemprego, inflação, retração do PIB e cortes em áreas fundamentais como saúde e educação. O Brasil é refém destas castas privilegiadas, que representam um fardo pesadíssimo para a sociedade.

 

Recuo

Raimundo Colombo voltou atrás e anulou a suspensão das promoções nas carreiras militar e civil em Santa Catarina, no âmbito do Poder Executivo. A inevitável judicialização e a pressão das entidades classistas levaram o governador a recuar.

 

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