Manchete

O sistema reage

Os dias parecem contados para Alexandre de Moraes. Pintou e bordou, respaldado pelo sistema, ou seja, pelo próprio STF, seus colegas ministros e pelo governo petista, além de várias instituições e entidades aparelhadas. Afinal de contas, ele era o grande personagem do consórcio Planalto-Supremo.
Só que, progressivamente, Alexandre foi queimando o filme. Acabou se indispondo aqui, ali, sempre ousado. Agressivo, sem limites. E foram deixando.
Enquanto ele interessava ao status quo, ao establishment, tudo bem. Mas, a partir do momento em que ele se transforma num obstáculo, a situação precisa ser reavaliada pelos donos do poder. E está sendo devidamente reavaliada, claramente.
Há quem possa dizer, por exemplo, que não se trata disso. Tivemos o depoimento do presidente do Supremo, Luiz Roberto Barroso, sempre saltitante. O boquirroto decano do STF, Gilmar Mendes, também saiu em defesa do colega de bancada. Faz parte do espetáculo.

Espírito de corpo

Não se poderia esperar algo diferente de Gilmar, nem de Barroso. Ele deu a declaração de corpo presente e lá estava Alexandre. Essas duas figuras lamentáveis iriam e vão defendê-lo até onde for possível.

Descartável

Ora, é evidente que, a partir do momento em que o Supremo e o governo podem vir a ficar ameaçados, precisando acionar a guilhotina e imolar alguém, será aquele que os serviu, mas que pode ser alguém que venha a prejudicar os planos futuros.

Excessos

Alexandre foi muito além do que deveria ter ido. Acabou se indispondo com alguns setores com os quais não deveria. Primeira situação: Elon Musk, o mega empresário sul-africano radicado nos Estados Unidos, com quem teve um último capítulo na semana passada.

Tchau, querido

O empresário encerrou as operações do X, ex-Twitter, no Brasil. Mas o brasileiro vai continuar frequentando o aplicativo. Desde que o ditador não derrube a rede em todo o país. Ele, na fragilidade que enfrenta, terá coragem de derrubar, assim como fez Nicolás Maduro na Venezuela, considerando que já tem convocação para 7 de setembro? A conferir.

Enxurrada

Os veículos de comunicação, inclusive aqueles segmentos absolutamente associados ao consórcio Planalto-Supremo, estão abrindo as comportas. A Folha de S.Paulo embarcou de corpo inteiro na Vaza-Toga, que foi tornada uma realidade pelo mesmo que viabilizou a Vaza-Jato. Ou seja, o cerco está se fechando.

Tic-tac

Os dias de Alexandre, o pequeno, o diminuto, estão contados. Seu dia está chegando. Outro aspecto fundamental desse caldeirão foi o despacho do comunista Flávio Dino, que resolveu fulminar de morte com as emendas impositivas.

Troco

Na sequência, Arthur Lira resolveu destravar a PEC que limita o poder das decisões monocráticas dos ministros do Supremo. Muita coisa está por acontecer e temos que ficar bem atentos porque o mês de agosto promete.

foto>arquivo, divulgação

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