Coluna do dia

O xis do Fundam

Em meados de 2017, Raimundo Colombo anunciou, oficialmente, a segunda edição do Fundo de Apoio aos Municípios (Fundam), cuja versão original foi estratégica para o projeto reeleitoral em 2014. Naquela oportunidade, o governador declarou que até outubro ( do ano passado) os primeiros contratos começariam a ser assinados.

A ideia era repassar R$ 700 milhões aos municípios, destacando uma cota específica também para cada um dos 40 deputados contemplarem suas bases ou municípios estratégicos politicamente.

Grande expectativa foi criada nos meios políticos, pois a nova leva de recursos pode significar a sobrevivência política de vários parlamentares, prefeitos e do próprio

 

Colombo.

Pois bem, estamos no dia 10 de janeiro e nenhum contrato via Fundam foi assinado entre governo, União e municípios. Trocando em miúdos, o Fundam 2, anunciado com pompa, só existe no papel. O BNDES ainda não liberou um centavo e as notícias nos bastidores não são muito animadoras. Não foi por acaso que o governador, o vice e assessores viajaram várias vezes a Brasília e ao Rio de Janeiro no fim de 2017 para tentar salvar o projeto.

 

Esperança

O BNDES é um banco de fomento federal. Está, portanto, sob o comando da União, cujo presidente é do MDB. Há um fio de esperança de que o Fundam 2 possa ainda acontecer no primeiro semestre deste ano se Eduardo Pinho Moreira de fato assumir o governo do Estado. Desde que não seja candidato à reeleição, pois ele e o presidente da República são desafetos.

 

Mal-estar

A indefinição em torno do Fundam tem gerado profundo mal-estar entre deputados estaduais.

 

Vergonha

Michel Temer começa o ano mais ou menos como terminou 2017, sob o aspecto de seu colegiado: de forma desastrada. Mesmo que consiga, a qualquer momento, derrubar a liminar que a impede de assumir o Ministério do Trabalho, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do notório Roberto Jefferson, não tem a menor condição de assumir a pasta. Não só por não cumprir as leis trabalhistas e já ter sido condenada. Mas também porque demonstra que levará para dentro do Ministério as práticas  mais nefastas da política brasileira. Tudo indica que ela usa dinheiro público, retirado do salário de uma servidora do gabinete, para pagar dívida trabalhista com um ex-funcionário. Acintoso.

 

Presidência

No começo de fevereiro, Silvio Dreveck (PP) deve renunciar à presidência da Alesc pelo acordo firmado no ano passado. Deve ser sucedido por Aldo Schneider (PMDB), que se recupera de um grave câncer na coluna. Nos bastidores, há muita torcida discreta para que Schneider esteja em totais condições  para assumir o Legislativo estadual na primeira sessão ordinária do ano.

 

Expectativa

Em agosto do ano passado, durante a convenção do PP, ficou definido que Esperidião Amin entregaria a presidência estadual da legenda ao próprio Dreveck. Mas a esta altura do campeonato ninguém sabe se o ex-governador deixará a proa do Progressistas.

 

Lula

A mídia nacional, indicando informações vindas dos investidores, que geram empregos e recolhem impostos, está especulando que Lula da Silva pode levar uma goleada de 3 a 0 no TRF-4, no dia 24 de janeiro. Acredita-se, ainda, que a pena do petista pode ser aumentada.

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