Com investimento de R$ 6,6 milhões, projeto prevê inserção sustentável de biogás,
proveniente de dejetos de suínos e bovinos, na matriz energética brasileira
No município de Itapiranga, localizado na região Oeste de Santa Catarina, conhecida pela vocação agropecuária, avançam as obras do projeto da Eletrobras CGT Eletrosul que prospecta a inserção sustentável do biogás proveniente de dejetos de suínos e bovinos na matriz energética brasileira. Com investimento de R$ 6,6 milhões, a iniciativa prevê a implantação de um gasoduto com 11 quilômetros para o biogás canalizado; uma mini central termoelétrica (MCT) de 480 kVA; uma subestação para conexão à rede de distribuição primária da concessionária local; além de 11 biodigestores com diferentes tecnologias. O objetivo é desenvolver conhecimento técnico, científico e comercial sobre essa fonte de energia com potencial de replicação e aproveitamento ao longo do território nacional.
O conjunto de biodigestores será composto por oito unidades do tipo lagoa coberta, instalados no projeto Alto Uruguai e com as lonas substituídas; um de aço inox; um de pedra ardósia e um de concreto; incluindo também digestatos em madeira. Neste momento, a instalação da planta do biodigestor de pedra ardósia está em fase final e já foi concluído o gasômetro. Além disso, está sendo finalizada a automação da casa de máquinas e dois biodigestores estão completamente cobertos e produzindo biogás.
A iniciativa inclui os remanescentes de obras de dois projetos de pesquisa aprovados, respectivamente, pelos editais de P&D da Aneel de 2010 e 2012. Nesta nova etapa, a conclusão das obras deve ocorrer até o fim de 2023 e o seu comissionamento até o início de 2024, entrando em operação monitorada pela Eletrobras CGT Eletrosul até o início de 2025. No ano seguinte, está prevista a realização da cessão não onerosa da infraestrutura aos produtores rurais locais.
Benefícios
O processo de biodigestão gera uma série de subprodutos com alto potencial comercial, como gás carbônico, biofertilizante e o biochar (termo de origem inglesa, que designa o carvão vegetal empregado para correção de solo). Além disso, estima-se que a energia elétrica produzida reduzirá os custos dos produtores rurais.
Após conclusão das obras e comissionamento, a pesquisa prevê monitoramento da operação da infraestrutura construída durante um ano, a fim de identificar padrões tecnológicos e modelos de negócios mais aplicáveis ao contexto brasileiro.
Esta iniciativa atende aos Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) priorizados pela empresa. O projeto se enquadra nas diretrizes do P&D Aneel para levantamento de oportunidades e preenchimento de lacunas tecnológicas, além da Política de P&D+I das Empresas Eletrobras e do Plano Diretor de Negócios e Gestão 2022-2026.
*Foto: Divulgação Eletrobras CGT Eletrosul