O Banco do Brasil anunciou nesta semana a abertura de 14 agências voltadas para o agronegócio em seis Estados brasileiros, mas nenhuma delas está destinada ao território catarinense. A Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC) ressalta a importância de contemplar Santa Catarina com uma agência para o setor.
O presidente da OCESC, Luiz Vicente Suzin, realça que o agronegócio catarinense é considerado um dois mais avançados do País e respondeu por 70% das exportações do Estado em 2020.
Lembra que em 2016 o Banco chegou a comunicar que instalaria em Chapecó uma agência especializada em agronegócio, atendendo pedido das entidades do setor. A medida foi confirmada pelo então ministro da Agricultura Blairo Maggi e aprovada pelo então vice-presidente de agronegócio Tarcísio Hubner.
Suzin destaca que na região do grande oeste barriga-verde existem milhares de produtores que operam com o Banco do Brasil. “As agências tornaram-se pequenas para o volume de atendimentos específicos voltado ao setor”, explica.
O atendimento especializado para o agronegócio anunciado agora iniciará em março. As novas agências funcionarão nas cidades de Rio Verde (GO), Sorriso (MT), Dourados (MS), Cascavel (PR), Maringá (PR), Londrina (PR), Ponta Grossa (PR), Ijuí (RS), Santa Maria (RS), Passo Fundo (RS), Araçatuba (SP), Presidente Prudente (SP), Ribeirão Preto (SP) e Franca (SP). Atualmente, o BB tem quatro agências dessa área localizadas em Goiânia, Uberlândia (MG), Campo Grande (MS) e Campo Mourão (PR).
De acordo com comunicado do Banco emitido nesta semana, a instituição financeira intensificará o atendimento por gerentes especializados em agronegócio, com o reforço de 276 profissionais voltados para o setor. O número de clientes com atendimento especializado saltará de 158 mil para 227 mil.
Atualmente, o BB concentra 55,2% do crédito rural no País. Até setembro passado, segundo os dados mais recentes, o total de crédito do banco voltado para o agronegócio somava R$ 190,5 bilhões, o que corresponde a 26% da carteira de crédito total da instituição.
Foto>Luiz Vicente Suzin, presidente da OCESC.