Blog do Prisco
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Oeste na ribalta

Já registramos neste espaço, em outras oportunidades,  que Jorginho Mello foi o primeiro governador eleito como legítimo representante do Oeste catarinense. Também já avaliamos a perspectiva de cenário para 2026, em que dois representantes da região poderão se enfrentar. O atual governador, candidato à reeleição, e o prefeito reconduzido em Chapecó, João Rodrigues. Jorginho do PL, João do PSD.

Coincidentemente, ou não, foi marcado o lançamento da pré-candidatura de João Rodrigues ao governo para o dia 22, sábado. E ontem o governo se instalou na Capital do Oeste, com o programa Santa Catarina Levada a Sério, oportunidade na qual o governador recebeu, individualmente, os prefeitos da região.

Assim já ocorreu em várias outras microrregiões das 21 que compõem Santa Catarina. João Rodrigues marcou presença, mas foi uma passagem meteórica. O que se observa é marcação de território eleitoral.

O governador não deixou por menos ao realizar um evento administrativo na véspera, tentando com isso, claro, esvaziar a movimentação em torno de João Rodrigues ou tentando sensibilizar parlamentares e prefeitos a ignorar o evento a ser protagonizado pelo rival pessedista.

 

Paranaense

João Rodrigues, inclusive, já confirmou a presença de Ratinho Júnior, governador reeleito do estado vizinho do Paraná e tido como o único pré-candidato do PSD à Presidência da República.

 

Encruzilhada

João Rodrigues terá que fazer uma opção. Afinal, ele está com Jair Bolsonaro e o candidato por ele avalizado para 2026 ou o catarinense vai estar com a pré-candidatura de um correligionário, no caso Ratinho? O curioso é que o prefeito de Chapecó tem deixado muito claro que é fiel escudeiro de Jair Bolsonaro.

 

Quarteto

Só que Jair Bolsonaro em momento algum cita Ratinho Júnior como uma das alternativas da direita para 2026. Muito ao contrário.

Quando não fala da ex-primeira-dama, Michelle, ou de um dos dois filhos, Flávio ou Eduardo,  no máximo o ex-presidente cita Tarcísio de Freitas, e mais recentemente chegou a lembrar os nomes de Romeu Zema e de Ronaldo Cariado.

 

Fora do jogo

Ratinho Júnior, contudo, em nenhum momento é citado. De qualquer forma, o grande Oeste catarinense ganha, digamos, um destaque todo especial na política catarinense já na véspera das eleições de 2026.

 

Perspectiva

Condição que poderá se consolidar se efetivamente tivermos um enfrentamento eleitoral entre duas candidaturas do Oeste, o que nunca ocorreu em Santa Catarina. Pelo menos depois que as eleições diretas foram restabelecidas, em 1982.

 

Mudança de patamar

Ao Oeste, desde então, sempre coube posição de coadjuvante. Se observarmos, em 1982, o vice de Esperidião Amin foi Vitor Fontana. Do Oeste. O vice de Jaison Barreto foi João Linhares, também representante da região. E assim sucessivamente. Pedro Ivo Campos, quando se elegeu, tinha Casildo Maldaner  de vice, que chegou ao governo pelo falecimento do titular.

Trocando em miúdos: o protagonismo do Oeste é bem-vindo e promete um momento eletrizante.