Coluna do dia

Ofensiva peemedebista

Ofensiva peemedebista

Presidente e primeiro-vice do PMDB catarinense, deputados Mauro Mariani (federal) e Valdir Cobalchini (estadual) atuam nos bastidores para mudar a cara do colegiado estadual. A ideia é aproveitar o período de desincompatibilizações em virtude das eleições municipais para mexer em posições estratégicas do governo.

Embora filiado ao PMDB, parte da cúpula do partido não reconhece no secretário de Infraestrutura, João Carlos Ecker, o nome ideal para seguir à frente da pasta. Mariani e Cobalchini já mandaram avisar que o querem longe dali. Ecker foi “convidado” a candidatar-se à prefeitura de São Lourenço do Oeste, sua cidade natal, mas não parece inclinado a voltar a ser prefeito. Aceitando ou não o desafio eleitoral, os cardeais assoviaram que a intenção é mudar o comando da poderosa secretaria, já ocupada tanto por Mariani quanto por Cobalchini.

O detalhe é que os peemedebistas querem a Infraestrutura de porteira fechada. Significaria ceder ao partido também a presidência do Deinfra, órgão no qual orbita praticamente toda a estrutura da secretaria. Aí a bola já bate na trave. Raimundo Colombo jamais cogitou e não cogita tirar dali o ex-prefeito de Curitibanos, Wanderly Agostini, homem de sua mais absoluta confiança.

A turma do Manda Brasa também pleiteia a presidência da Celesc, o que desalojaria Cleverson Siewert. O raciocínio é de que o competente gestor era ligado a Luiz Henrique da Silveira e não ao PMDB. Dizem os peemedebistas que, além disso, Siewert está hoje muito mais sintonizado com Raimundo Colombo e Antônio Gavazzoni.

 

Alternativa

Na cota do governador, projeta o PMDB, Cleverson Siewert poderia ser aproveitado na Secretaria de Saúde. Bola dividida. Colombo também não quer mexer no comando da Celesc. O PMDB sonha com a posse de Vinícius Lummertz, também lembrado para retornar à Embratur.

 

Dobradinha

O sonho dourado de Mauro Mariani e Valdir Cobalchini para a Secretaria de Infrestrutura é emplacar o atual presidente da Casan, Valter Gallina. E para a estatal de água e saneamento, o ex-prefeito de Criciúma, Paulo Meller, hoje abrigado numa diretoria da própria Casan.

 

Pacote

Ao todo, de acordo com informações de bastidores, o PMDB está insatisfeito, pleiteando mudanças, em sete posições do governo estadual. Curiosamente, a maioria integrada, pelo menos em tese, por representantes do partido.

 

Há?

Feitos os movimentos do PMDB, a turma do PSD começou a raciocinar o seguinte: por que mexer na Infraestrutura? O governador aprecia o estilo discretíssimo e operacional de João Carlos Ecker, que não interfere nos assuntos do Deinfra. Para os pessedistas, parece mais lógico negociar outra pasta com o PMDB. Se esse for o caso, evidentemente.

 

Em São José

A Justiça mandou devolver a chave do gabinete ao vice-prefeito de São José, José Natal. Ele fora despejado por Adeliana Dal Pont (PSD) este ano. Natal saiu do PSB e foi para o PMDB. O projeto é disputar a eleição contra a própria prefeita. Daí, azedou. O clima é de guerra total. O vice terá direito, ainda, segundo a Justiça, a indicar seis cargos comissionados, a carro oficial e a telefone celular. Venceu esse round.

 

Ondas do rádio

O deputado federal João Rodrigues (PSD) mostrou seus dotes como locutor de futebol  em plena sessão da CPI da Máfia do Futebol da Câmara dos Deputados. Incentivado pelo presidente da comissão, Laudívio Carvalho (SD-MG), que elogiou a voz de Rodrigues, o parlamentar catarinense simulou a narração de rádio de uma partida, destacando que torce pela Chapecoense.

 

Corrupção na CBF

Esta CPI foi constituída em março para apurar as irregularidades nos contratos da confederação com patrocinadores e as relações com a Fifa no Brasil, que ocasionaram a prisão de José Maria Marin, em maio do ano passado, na Suíça.

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