Olhando para 2024
Nas últimas semanas, inclusive em pleno recesso parlamentar, observamos tanto no contexto nacional como no âmbito estadual as mais variadas movimentações partidárias. Com filiações, adesões, cooptações, partidos perdendo consistência e outros ganhando musculatura.
Aqui em Santa Catarina, o PSD foi o partido que largou na frente. A feira foi proveitosa. Além de Clésio Salvaro, nada de extraordinário, mas a sigla trouxe prefeitos de pequenas cidades, ex-vereadores, lideranças, e por aí vai. Toda a movimentação tem como pano de fundo as eleições de 2024.
O PL buscou novos filiados, o PP está na iminência de filiar o prefeito da terceira maior cidade do estado, Mário Hildebrandt; o UB vai tentando se reforçar ao passo que o PSDB segue ladeira abaixo.
Dos grandes partidos, o único que não apresentou qualquer avanço foi o PT, partido do presidente da República.
Pela primeira vez, a sigla foi ao segundo turno no pleito estadual de 2022.
No primeiro turno, a votação da legenda ficou em quase 17% e não bateu nos 30% no round final.
Tibieza
Considerando-se o resultado histórico e o compadrio entre Lula da Silva e Décio Lima, o catarinense recebeu a proa do Sebrae Nacional, a sensação é a de que a cúpula canhota não está mais nem aí para o partido. O Sebrae, não custa lembrar, tem orçamento maior do que dois terços dos ministérios canhotos, que são 37.
Lá e cá
O ex-prefeito de Blumenau é o presidente estadual do PT. Não se licenciou da função depois de pegar o leme do Sebrae. O cargo o leva semanalmente a Brasília e à necessidade de atender todos os estados deste país.
Partido pequeno
A dúvida agora é como o PT vai se estruturar em Santa Catarina para as eleições do ano que vem. Como serão buscadas adesões para reforçar as perspectivas eleitorais no contexto municipal.
Os resultados, registre-se, vêm deixando muito a desejar em Santa Catarina. A sigla hoje não tem um único prefeito no estado.
Faz tempo
Os vermelhos já administraram Joinville, Blumenau, Criciúma, Chapecó, Itajaí e outras praças importantes. No Norte, Carlito Mers fez um único mandato assim como Décio Góes no Sul.
No Vale, faz quase 20 anos que o próprio Décio deixou o paço municipal. Os petistas jamais chegaram perto de administrar qualquer cidade de maior relevo em Santa Catarina nos últimos 12, 15 anos.
Sobras
Só vislumbram alguma chance quando há muita divisão na direita. Casos de Chapecó e na arbitrária eleição suplementar de Brusque.
Ou o PT daqui acorda ou vai levar outra surra nas urnas no ano que vem.