Com o fim do recesso no Legislativo, observa-se claramente que teremos um enfrentamento interno no Congresso Nacional. Falta de apoio parlamentar é uma realidade sob a atual gestão, desde que Lula III tomou posse.
Ausência de respaldo que nem é tanto reflexo do desgoverno. Reflexo mesmo é a omissão, o silêncio, a negligência, a indiferença dos presidentes da Câmara e do Senado em meio às operações realizadas pela Polícia Federal a mando de Alexandre de Moraes.
Dois deputados, Carlos Jordy (líder da oposição na Câmara) e Alexandre Ramagem (nome forte à Prefeitura do Rio de Janeiro), tiveram seus gabinetes vasculhados em pleno recesso. Suas residências foram “visitadas” pela PF, dentro de investigações as mais variadas que o imperador tupiniquim desencadeia ao bel-prazer. De acordo com seus interesses.
Até agora, não se ouviu uma palavra de Arthur Lira ou de Rodrigo Pacheco. Silêncio que seguramente fará com que a oposição se articule nas duas Casas, especialmente na Câmara. Obstrução deve ser a reação da oposição diante da omissão de dois presidentes que não têm posição.
Tíbios
Lira e Pacheco atuam somente de olho em emendas, cargos e outras coisitas máx. Não assumem a defesa do Legislativo de suas respectivas Casas. Caso a obstrução pretendida pela oposição tenha êxito, a estratégia acaba criando dificuldades para eles no relacionamento com o Palácio do Planalto, que no caso de Arthur Lira já não é aquela Brastemp toda. Diferentemente de Rodrigo Pacheco.
Limite
Algo precisa ser feito. Estas buscas e apreensões estão virando rotina. Enquanto isso, o notório Antônio Carlos, de Almeida Castro, o advogado do PT conhecido como Kakay, aquele que foi de Bermuda no Supremo Tribunal Federal e que é amigo de todos os ministros da corte, antecipou, seguramente com informação privilegiada, que 18 parlamentares serão alcançados pelas investigações do diminuto imperador togado.
Cadafalso
E olha que nem estamos falando daqueles que serão imolados via Tribunal Superior Eleitoral. Assim como já aconteceu com ex-procurador federal, que liderou o Ministério Público ao longo da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol. Foi cassado por isso, por ter a ousadia de combater o crime organizado e mesmo tendo recebido mais de 300 mil votos no Paraná. Viva a democracia!
V, de Lula e do PT
Os que estão agora na mira são os senadores sulistas Sergio Moro, igualmente do Paraná, e que esteve à frente, vejam só, da Lava Jato; e o catarinense Jorge Seif, considerado o filho 06 de Jair Bolsonaro. Conquistou a vaga à Câmara Alta por SC por ter sido ungido pelo ex-presidente.
Relatividade democrática
O regime é assim. Cassa quem bem entende, faz busca e apreensão de acordo com seus interesses. E fica por isso mesmo. Ninguém diz nada. No STF, as demais supremas togas não dão um pio sequer. Todos submissos ao autoritarismo alexandrino.
Decorativo
No Congresso, silêncio sepulcral. Melhor fechar logo as duas casas. Elas não têm mais utilidade alguma no regime estabelecido pelo conluio PT-STF porque silenciam, se curvam às arbitrariedades.
Perplexidade
O povo brasileiro, quem trabalha, produz e banca a farra toda, segue perplexo diante de tamanhos desmandos. De tamanho arbítrio num contexto em que os presidentes Lira e Pacheco simplesmente submergem. Caminhamos a passos comunistas para o precipício.
foto> Pablo Jacob, Ag. O Globo, arquivo, divulgação