A onda Jair Bolsonaro de 2018 fez muitos adeptos no Brasil. Uma parte por opção a ele e às suas ideias mesmo. Outra parcela, que inclusive foi para a rua, optou por ele por exclusão. Evidentemente que o voto de cada um tem o mesmo valor.
O presidente eleito fez 5 milhões de votos mais do que Dilma Rousseff em 2014.
Quer gostem ou não, Bolsonaro soube fazer o discurso que a maior parte da sociedade estava querendo. E o fez muito bem.
Diante deste contexto de renovação, as urnas mandaram muita gente para casa. A lista é muito grande. Vai de Romero Jucá a Roberto Requião, passando por Lindbergh Farias, Vanessa Grazziotin, Eunício Oliveira e por aí vai.
No plano estadual, o catarinense também mandou para casa parcela significativa do mundo político. Paulo Bauer, Raimundo Colombo, Mauro Mariani e João Paulo Kleinüning são alguns exemplos mais notórios. E, não tendo disputado o pleito, também foi mandado para a casa o governador Eduardo Moreira, que sofreu derrota acachapante especialmente na sua eleitoral, o Sul do Estado.
Mas houve sobreviventes. Apesar das derrotas. Napoleão Bernardes, Décio Lima, até porque o PT não tem outra opção, e Gelson Merisio. O pessedista fez menos votos no segundo do que no primeiro turno, mas é um sobrevivente.
Primeiro porque, como já foi dito aqui várias vezes e o blog ratifica, Merisio enfrentou inúmeras dificuldades para ser candidato. Ninguém acreditava que ele seria candidato. Mas Merisio suplantou as resistências de Júlio Garcia, João Rodrigues e do próprio Raimundo Colombo.
Depois de se impor internamente, o pessedista teve que duelar com Esperidião Amin, Paulo Bauer e João Paulo Kleinübing. Depois de ter vencido todas essas enormes resistências, ele também foi para o segundo turno do pleito estadual. Mas aí foi vitimado pela onda. Onda Bolsonaro. Onda da mudança. Vale reafirmar: Merisio foi um bom candidato, com desenvoltura e estratégia.