Coluna do dia

Onda Jorginho

Onda Jorginho

O cenário em Santa Catarina neste segundo turno é claro. Uma série de manifestações em favor de Jorginho Mello (PL).
Décio Lima mergulhou nestes primeiros dias do segundo turno. Evitou maiores declarações e exposições. Até aqui, só divulgou o apoio do vereador da Capital, Marquito, do PSOL, que se elegeu deputado estadual.
Jorginho, a seu turno, viu em seu favor movimentos intensos vindos do Sul, do Oeste e do Norte catarinense. Uma verdadeira onda de novos e importantes apoiadores.
Quatro declarações de apoio foram emblemáticas. João Rodrigues, do PSD, bolsonarista de cruz na testa, caminhou com Gean Loureiro (UB) no primeiro turno. Agora, seguirá pedindo votos ao presidente Bolsonaro e ao candidato do 22 em Santa Catarina.
Vale pontuar que em Chapecó, apesar de todo o trabalho e da influência do prefeito Rodrigues, Jorginho Mello foi o mais votado no primeiro turno.

Largou na frente

O mesmo ocorreu no Sul catarinense. O prefeito reeleito de Criciúma, maior cidade da região, foi um dos primeiros a manifestar respaldo ao concorrente do PL ao governo. Salvaro está no quarto mandato e é muito forte na cidade e região.

Emblemática

Do Norte, veio a declaração, emblemática, do deputado estadual eleito Antídio Lunelli, ex-prefeito de Jaraguá do Sul. Ele foi o mais votado do MDB na corrida por uma das 40 cadeiras da Alesc.

Mundo gira

O empresário, que teve o tapete puxado quando tentava viabilizar seu nome para ser o candidato do MDB na majoritária, não fez reservas. Vai de Jorginho Mello no turno decisivo. Lunelli já apoiou Bolsonaro no primeiro turno.

Dobradinha

O deputado estadual eleito e o deputado federal reeleito que também tem base em Jaraguá do Sul, Carlos Chiodini, fizeram questão de ir pessoalmente ao comitê de Jorginho para registrar por quem vão trabalhar.

Sinalização

O movimento dos dois deputados jaraguaenses ocorreu um dia antes da reunião da Executiva estadual do Manda Brasa, que também deliberou pelo apoio a Jorginho e Bolsonaro.

Pouco tempo

O MDB, registre-se, retomaria uma vaga no Senado a partir de 2023, na eventualidade da eleição de Jorginho Mello. Ivete Appel da Silveira seria efetivada no mandato a partir da hipotética posse de Jorginho como governador. Ela é suplente do candidato do PL, favoritíssimo para ser eleito governador. Dona Ivete é viúva de Luiz Henrique da Silveira, que não completou o mandato de senador para o qual foi eleito em 2010 pela fatalidade que o alcançou em 2015. LHS ainda teria quase quatro anos de mandato quando faleceu. Agora sua companheira da vida tem tudo para cumprir quatro anos na Câmara Alta.

Progressistas

O PP, sem Esperidião Amin, que não quer dar o braço a torcer, caminhou no mesmo sentido: Jorginho mereceu a verbalização do respaldo Progressista.

Como?

O PSD optou pela neutralidade, deixando várias dúvidas no ar sobre o futuro da sigla e sobre sua verdadeira identidade em Santa Catarina.

Repeteco

O que ocorreu em 2018 vai se repetir no estado. Até porque Décio Lima conseguiu 17 pontos percentuais contra 38 de Jorginho no primeiro round. Os outros dois canhotos que disputaram o governo não chegaram a um ponto percentual dos votos somados: Alex Alano, do PSTU, e Jorge Boeira, do PDT.
Todos os demais postulantes que não emplacaram são de centro-direita.

Perspectiva

Bolsonaro pode chegar a 75% dos votos válidos no Estado, assim como ocorreu em 2018.

Lógica

Não se trata de querer aqui fazer exercício de futurologia. São projeções em cima de fatos em um estado essencialmente de direta, conservador e bolsonarista.

De saída

Uma vez confirmado este cenário, registre-se, Ivete Appel da Silveira deve deixar o MDB e filiar-se ao PL. Neste caso, é palpável a possibilidade de o Partido Liberal ter dois dos três senadores por Santa Catarina, além dos 11 deputados estaduais e dos 6 federais já eleitos. Jorge Seif foi eleito em 2 de outubro pela legenda.
Até porque, em Santa Catarina, o MDB está mais perdido que cego em tiroteio.

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