Blog do Prisco
Manchete

Operação Alcatraz terá reflexos eleitorais em 2022

A Polícia Federal realizou, esta semana, a terceira fase da Operação Alcatraz, deflagrada em 30 de maio de 2019, quando houve busca e apreensão na residência do então presidente da Assembleia Legislativa, Julio Garcia.

Depois, em janeiro de 2020, o deputado foi preso na segunda fase, batizada de Hemorragia. Ele inclusive não completou o seu período como presidente da Alesc. Além dos últimos dois meses comprometidos, Julio Garcia ficou quatro meses longe, afastado do Parlamento.

Agora, na terceira etapa, chamada de Obstrução, ocorreram buscas e apreensões em Florianópolis e São José, além de mais um mandato de prisão.

Na mira, o ex-secretário adjunto da Administração nos governos Raimundo Colombo e Eduardo Moreira, Nelson Nappi Junior. Considerado pelos investigadores e por todos como o operador financeiro do deputado Julio Garcia.

Ele estaria fazendo pagamentos com cheque de terceiros e recursos que estavam disponíveis, tentando também obstruir o trabalho da Polícia.

 

Lenha pra queimar

Longe do término, a Operação Alcatraz tem ainda muita lenha para queimar. São contratados superfaturados e licitações fraudulentas na própria pasta da Administração e na Saúde.

Diante da nova prisão de Nappi Junior, que não é provisória e sim preventiva, sem prazo para expirar, avalia-se que é remotíssima a possiblidade dele conseguir novamente uma detenção domiciliar.

 

Delação

Ele havia conquistado essa condição por um despacho do ministro Edson Fachin, do STF.

Antes de ser transferido para sua casa, Nappi Junior estava no limiar para fazer um acordo de delação premiada. Agora com a nova prisão dele, esta hipótese volta à baila, amedrontando figurões da política estadual.

 

Pivô

Nelson Nappi Junior estava no epicentro das práticas heterodoxas realizadas naquele período, de modo que isso tudo é ingrediente a ser considerado e ser apreciado considerando-se a perspectiva eleitoral de 2022.

 

Algoz

Afinal de contas isso poderá respingar diretamente no PSD e no MDB e até no próprio governo Moisés da Silva, por que não? Afinal, o algoz Julio Garcia, que tentou cassar o governador em dois pedidos de imepachment, hoje é o principal articulador de Moisés da Silva na figura do secretário da Casa Civil, Eron Giordani.

 

Eleições

Evidentemente que a Alcatraz e seus desdobramentos serão amplamente lembrados durante a campanha eleitoral de 2022. Inclusive conterá Moisés da Silva, que embora tenha fechado as torneiras para a farra na administração estadual, aliou-se àqueles que se beneficiaram da festança com dinheiro público.