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Os calcanhares de Aquiles de João Rodrigues (prefeito de Chapecó)

O pré-candidato ao governo do Estado, João Rodrigues (PSD), prefeito de Chapecó, tem tido severas dificuldades em convencer sobre a viabilidade de seu projeto de concorrer ao governo do Estado em 26.

A começar pelo seu partido, o PSD, de Gilberto Kassab, com 3 (três) ministérios no Governo Lula da Silva, que também conta com a bancada pessedista no Senado em apoio ao seu governo de esquerda.

A própria história do PSD perpassa por uma cisão do DEM (Democratas) à época do fim do governo Lula II e início do governo da Dilma, em troca de postos nos governos petistas.

Não bastasse isso, João tenta repetir a fórmula de Gean Loureiro, Gelson Merisio e Esperidiao Amin, que em eleições passadas declaram apoio aos bolsonaristas, mas não estavam no partido de Jair, e perderam as eleições para quem estava. Moises em 2018, e Jorginho em 2022.

Outra questão que João trabalhou bem em Chapecó, mas terá dificuldades no restante do Estado, diz respeito à sua prisão na papuda, onde tinha como colega de cela o petista José Dirceu. João, inclusive, ao sair da prisão disse ter tido bons diálogos e boa relação com Dirceu quando presos.

O eleitorado conservador que João busca, seja da Serra, do Vale, do Norte, do Sul e do litoral terá dificuldades de dissociar a imagem de um partido aliado ao PT historicamente no Planalto e de um ex-preso, em mesma cela, com líder petista.

Mas, não para por aí as dificuldades de João.

A eleição do próximo ano prevê duas vagas ao Senado.

Assim, natural é que Jorginho Mello faça uma tríplice aliança, com uma vaga ao Senado e a vice, no mínimo, a partidos aliados ao governo.

Natural também as agremiações partidárias mais fortes fecharem com o governo, até porque o governo vai bem, e tem feito muitas obras, é muito bem avaliado, arrecada muito sem aumentar impostos e distribui com parcimônia recursos às prefeituras.

João ao ir para o tudo ou nada em 26, embora finja não enxergar, sente o nada se agigantar à sua frente, e muito provavelmente enterrar sua carreira política tal qual ocorreu com Gelson Merisio e Gean Loureiro.

O PSD se tiver tutano, e tem, como na figura de Júlio Garcia, vai procurar abrigo ao lado do PL, e aí sim poder ter um projeto de poder competitivo no Estado em 26, para em 30 quiçá poder disputar com musculatura o governo. Do contrário, vai fazer barulho, como tem feito desde 2018, e colher o que tem colhido também desde lá, frustrações, já que têm calcanhares de Aquiles tanto na questão partidária, como na figura de João Rodrigues.

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