Os últimos dias, incluindo os dois primeiros desta semana, tiveram três personagens principais na política, descartando-se deste rol o presidente Jair Bolsonaro e suas barbaridades verbais.
O trio na ribalta é composto pela ex-deputada federal gaúcha Manuela D’Ávila; o advogado norte americano e jornalista de pouco tempo, Glenn Greenwald; e o ministro Sérgio Moro.
O ex-juiz destacou-se por seus deslizes. No cargo que ocupa, ele não deveria, sob nenhuma hipótese, ter divulgado nomes de personalidades que tiveram seus celulares invadidos pelos bandidinhos já presos pela PF.
Nem tampouco ter declarado que o material, os dados surrupiados, iria ser destruídos. Na qualidade de ex-magistrado, Moro deveria saber que tal encaminhamento carece de decisão judicial. Fora isso, contudo, o titular da Justiça goza de muito crédito por ter desencadeado e pilotado por anos a Lava Jato, maior operação de combate à corrupção da história.
…e a conivência
Na outra ponta, a comunista Manuela. Ela confirmou, vejam só, que foi contactada por um dos meliantes que integrava a quadrilha de criminosos cibernéticos. O fora da lei queria o contato do dono do The Intercept, Glenn Greenwald. Desconfiada de que o sujeito não tinha bala na agulha, ela recebeu um áudio que já havia sido hackaeado de um celular importante. Ou seja, a gaúcha foi conivente com toda essa barbaridade e os crimes já cometidos pelo quarteto de bandidos.
Responsabilidade
Como cidadã e ex-deputada federal, Manuela D’Ávila deveria ter avisado as autoridades (polícia, Ministério Público, Judiciário, enfim). Não o fez. E agora precisará responder por isso.