Luiz Fernando Figueiredo participou da live “Estratégia de investimentos em tempos de pandemia” na noite desta quarta-feira 13/05
Ao analisar a situação econômica do Brasil diante da covid-19, Luiz Fernando Figueiredo, CEO e sócio-fundador da Mauá Capital e ex-diretor do Banco Central do Brasil entre 1999 e 2003, demonstrou-se otimista. “Já passei por muitas crises e sei que países não acabam. Infelizmente, algumas empresas podem quebrar, mas as coisas vão se restabelecer. Os momentos de dureza nos dão impulso. É muito duro, mas é assim”, disse na live “Estratégia de investimentos em tempos de pandemia”, promovida pela Fundação Celesc de Seguridade Social (CELOS) nesta quarta-feira 13/05 às 17h, via YouTube.
Na entrevista conduzida pelo diretor administrativo-financeiro da Fundação, Henri Machado Claudino, Figueiredo analisou que está sendo feito o que é preciso. “O ano começou bem, com desemprego reduzindo gradualmente, mas então veio a pandemia. E o isolamento social se mostra necessário para dar tempo para o sistema de saúde se preparar e dar conta dos atendimentos. Não tem escolha, tem de ser assim”, salientou. Mas ponderou que, apesar de parar tudo ser a melhor escolha, isso gera grande impacto na economia, da pequena à grande empresa, que precisam ser ajudadas nesse período.
“O que a gente precisa para que esse processo seja o menos penoso possível é, em primeiro lugar, cuidar para ter o menor número possível de doentes; em segundo, ajudar os menos favorecidos, que estão fortemente afetados; e, em terceiro lugar, garantir que o sistema econômico não se arrebente adotando medidas eficientes”, destacou.
Figueiredo observou que, quando se olha apenas números gerais, há uma percepção muito ruim do Brasil. Porém, no detalhe, os números não estão tão ruins como em outros países, o que se reflete também no setor econômico. Questionado sobre suas perspectivas para o fim do ano, apostou na retomada. “Pela primeira vez na nossa história tivemos uma crise em que pudemos reduzir juros em vez de subir. Isso faz uma enorme diferença. Inclusive o custo da dívida cai devido aos juros mais baixos”, disse, destacando que essa redução objetiva manter a inflação sobre controle.
“Todos os países estão baixando os juros, pois houve baixa na demanda geral. Isso abriu espaço para queda do custo do capital, tanto para o governo quanto para as empresas”, explicou. Sobre investimentos, por exemplo, destacou que momentos agudos de crise geram subavaliação, pois muitas pessoas precisam vender seus ativos. “Mas o investidor, se tem tranquilidade de poder investir em longo prazo, acaba tendo grandes alternativas em momentos como este”, destacou, frisando que é preciso buscar especialistas para orientação nos investimentos.
O diretor administrativo-financeiro da CELOS destacou que esta foi a primeira live realizada pela entidade e agradeceu a disponibilidade de Figueiredo e a participação dos beneficiários dos Planos Celos. “Esta é uma nova ferramenta que estamos adotando para vencer as barreiras impostas pela pandemia. Vamos evoluir no uso e promover novos debates com muita informação à comunidade”, salienta Henri.
A live foi gravada e está disponível em www.youtube.com/c/TVCELOS.
Aposentadoria será o tema da próxima live
A segunda live da CELOS acontecerá no dia 20/5, às 18h, com o tema “Opções no momento da Aposentadoria”, tendo como foco os participantes dos Planos Previdenciário da CELOS, mas com transmissão aberta à comunidade que quiser conhecer os planos da entidade. Participarão o atuário e gerente da Divisão Previdenciária da CELOS, Márcio Santos Dominato, e o administrador e analista previdenciário da Fundação, Luã Lucian. Entre outras questões, falarão dos benefícios da CELOS em relação a outros investimentos e apresentarão estudo sobre as aposentadorias na CELOS, incluindo as características dos participantes no momento da decisão pela aposentadoria.
Foto: Luiz Fernando Figueiredo – Mauá/Divulgação
