Blog do Prisco
Coluna do dia

Os números

O Instituto Paraná Pesquisas, um dos poucos que ainda podemos encarar com seriedade neste país, lançou ontem sua primeira pesquisa nacional na disputa presidencial de segundo turno entre o ex-presidiário Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro.

A diferença entre os dois é de menos de quatro pontos percentuais, ou seja, um empate técnico entre os dois postulantes. Mesmo colocando fé pública nesta empresa de pesquisas, a projeção do colunista é o de que o presidente já virou o jogo na corrida pela presidência.

De qualquer forma, o Paraná trouxe uma visão de disputa muito parelha (47,6% para o líder vermelho e 44,1% para o chefe da Nação).

O colunista reitera que acredita que o atual mandatário vai colocar uma frente de no mínimo seis pontos percentuais, podendo bater no teto dos dois dígitos sobre o ex-lulinha paz e amor.

 

Estocada

Na quarta-feira, Jair Bolsonaro, pelo segundo ano consecutivo, foi a Aparecida do Norte para as celebrações do Dia de Nossa Senhora Aparecida, que motivou o feriado de meio de semana.

A exemplo do que aconteceu também no ano passado, Dom Orlando Brandes, catarinense de Urubici, aproveitou o sermão matutino para disparar sua metralhadora giratória na direção de Jair Bolsonaro.

 

Vexame

Neste ano, o religioso falou dos “dragões da mentira e do ódio.” Conclamou os eleitores a comparecem às urnas para a votação de 30 de outubro, pois também temos os “dragões da fome e do desemprego.” Errou a mão feio o bispo conterrâneo. Quanto atrevimento e petulância.

 

Amnésia

E os números da fome e do desemprego deixados por Dilma Rousseff, a poste número 1 de Lula da Silva?

 

Outro patamar

Relativamente à fome, o auxílio-emergencial atual é quase o triplo do que era o Bolsa-Família. Valor que só é viável porque não há mais a corrupção como sistema de governo neste país.

 

Saiu da UTI

A situação econômica geral de um país é o maior catalisador do que possa ser contabilizado como fome de parte da população.

Quando temos o dragão da inflação a corroer o poder de compra dos salários do trabalhador brasileiro, aí sim a população sofre verdadeiramente. Hoje temos crescimento econômico maior do que o da China e inflação mais baixa do que países como Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra!

 

Proselitismo banal

O bispo Brandes deveria basear sua homilia em uma mensagem relativamente à Nossa Senhora, mas resolveu fazer proselitismo político. Em favor de um candidato, aquele que em vez de ir à igreja foi ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, região dominada pelos traficantes do Comando Vermelho.

 

Militância vergonhosa

O ministro Edson Fachin, nomeado por Dilma Rousseff, proibiu, durante a pandemia, a polícia, vejam bem, de subir o morro. A pandemia já acabou, mas a proibição do pseudo-ministro permanece. Lula da Silva, estando entre os seus, por lá se deslocou à vontade, sem qualquer problema. A polícia lá não pode ir, mas o chefe vermelho pode. Sem necessidade de seguranças. O chefe da organização que dominou o país por décadas não precisou de autorização judicial nem do amparo policial neste território “independente” do Brasil.

 

Apoio à Orcrim

E este candidato merece o apoio de um prelado que não se mostra à altura para a missão que lhe foi confiada pelo Vaticano.

 

Povo sabe

Na hora em que foi citado, o presidente, talvez até numa reação à fala de Dom Orlando, foi aplaudido pelos fieis por mais de um minuto.

O arcebispo foi até o presidente e o cumprimentou. Bolsonaro retribuiu com aquele sorriso amarelo e sem falar uma palavra. É muita dissimulação.

 

Ladeira abaixo

Outro Dom, Walmor de Oliveira e Azevedo, bispo de Belo Horizonte, presidente da CNBB, uma espécie de apêndice do PT, assim como o são a CUT e o MST, lançou uma nota também. Não para condenar as igrejas apedrejadas, mas sim para censurar a presença de Bolsonaro no Círio de Nazaré, em Belém do Pará. Definitivamente, a Igreja católica brasileira está indo ladeira abaixo.