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Os reflexos da chapa Amin e Kleinübing

Fora do poder central desde 2003, os Progressistas enxergam no contexto atual a chance de voltar ao governo pela porta da frente. Para tanto, foi aprovada a chapa com o ex-governador Esperidião Amin ao governo e o deputado federal João Paulo Klinübing, do DEM, de vice, durante convenção da sigla na Alesc. Esta será a quinta vez que o Progressista disputará o governo catarinense. Venceu duas, perdeu outras duas.

A ata deixou em aberto as duas vagas ao Senado. Mas uma pode ser ocupada pelo próprio Kleinübing. Sobretudo em caso de composição com o PSDB de Paulo Bauer e Napoleão Bernardes (o que parece não estar no radar dos tucanos neste fim de semana).

Está oficialmente rompido o noivado de PP e PSD, cuja aliança de pré-casamento foi atada em 21 de agosto de 2017 e agora não vale mais, embora ainda haverá muitas conversas entre várias lideranças até o dia 5 de agosto, prazo fatal para a definição dos nomes e alianças com vistas ao pleito de outubro.

Muita coisa se falou de sexta para sábado. Evidentemente que grande parcela do PSD e aliados sente-se traída por Amin e o PP. Não por acaso, Gelson Merisio e Raimundo Colombo não compareceram à convenção do PP. Por ora, valem a nota oficial de Merisio e o silêncio dos demais, pois o quadro ainda não é definitivo.

O cenário que se apresenta neste dia 28 de julho, véspera da convenção do PSDB em Joinville, é o seguinte: cinco grandes candidaturas ao governo do Estado. Esperidião Amin (PP), Gelson Merisio (PSD) – estas duas já homologadas -, Paulo Bauer (PSDB), Mauro Mariani (MDB) e Décio Lima (PT).

Ressalve-se, novamente. Até o dia 5 de agosto uma nova configuração pode se consolidar com trocas de posições e recuos de lideranças. Aliás, esta seria  a única maneira possível de se aglutinarem os remanescentes e herdeiros do antigo PDS.

TRÊS CANDIDATOS, UMA VAGA

Para o caso de se consolidarem as cinco grandes candidaturas, quem se fortalece sobremaneira é Mauro Mariani. Ele poderá vir a assistir de camarote os três adversários da outra ponta (Amin, Bauer e Merisio) se digladiando para ver quem chegará ao segundo turno contra o MDB.

Mariani pode até sofrer algum desgaste, levando estocadas do PT, de Décio Lima, mas nada que pareça ter o potencial para alterar significativamente o contexto. Ou seja, enquanto o trio de PSD, PSDB e PP tem tudo para trocar chumbo pesado durante o primeiro turno, Mariani pode desembarcar no segundo round limpinho, quase sem arranhões.

Considerando-se que o cenário de cinco postulantes ao governo já praticamente garante uma vaga ao MDB na etapa decisiva, qual dos adversários agregaria mais para enfrentar o Manda Brasa no segundo turno?

Gelson Merisio, sem dúvidas. Apesar de momentaneamente ele figurar como potencialmente mais frágil eleitoralmente do que Amin e Bauer, é Merisio quem tem as melhores condições de carrear apoios decisivos na etapa final. Se ele for pro segundo round, terá o apoio do PT, do PP (apesar do desgaste que começou na sexta) e de parte do PSDB.

Paulo Bauer agregaria o PP, mas jamais o PT, sendo que parte do PSD poderia migrar para o MDB.

E Amin, chegando ao turno final, só levará o apoio do PT. O PSDB e o PSD abraçariam rapidamente para a candidatura de Mauro Mariani.

MARIANI NA CABEÇA

Em tempo: não existe a menor possibilidade de o candidato do MDB e aliados, sejam eles quem forem, atender pelo nome de Dário Berger. Ninguém quer o ex-prefeito da Capital. Mauro Mariani apostou nele em 2014, mas interlocutores sinalizam que ele teria percebido que, se tivesse tido a chance, Dário poderia ter passado a perna em Mariani para ser o candidato do partido este ano.

Eduardo Moreira e Casildo Maldaner também não permitiriam a ascensão do senador à condição de cabeça de chapa do Manda Brasa. O candidato do partido é Mauro Mariani que, entre outros méritos, uniu novamente a turma do Manda Brasa, que andava batendo cabeça desde maio de 2015, quando morreu Luiz Henrique da Silveira.

Esperidião Amin cumprimenta João Paulo Kleinübing sob o olhar de Silvio Dreveck – foto>divulgação

 

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