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Os tentáculos de um deputado sobre o TCE

O Estado de Santa Catarina tem, em linhas gerais, um corpo funcional dos mais qualificados. Em várias áreas o que se vê são servidores preparados e atuantes. Assim é no Tribunal de Contas do Estado (TCE), corte aonde trabalha parte do funcionalismo de elite.

É a nata do serviço público que não atua politicamente. Por isso mesmo, parte significativa dos funcionários do tribunal anda incomodada. Contrariada. Por quê? Porque um ex-conselheiro do TCE, que cumpriu vários mandatos de deputado estadual antes de assumir função no Tribunal, está a influenciar a composição da casa e parte, pequena, do funcionalismo do TCE.

Estamos falando do deputado Julio Garcia, que deixou o tribunal, foi eleito e reeleito novamente deputado.

Seus tentáculos, contudo, permanecem sobre a corte de contas, que chegou a presidi-la. Usada, não raras vezes, segundo qualificados servidores, para pressionar lideranças a, entre outras coisitas, fazerem o jogo do PSD, partido de Garcia. Ou dança conforme a música ou será enquadrado. Esse seria o jogo de Julio Garcia. Ele fez esse jogo para sacramentar a adesão de gestores ao seu partido.

Em caso de negativa dos pressionados, os rigores do TCE podem aparecer. Evidentemente que nem todos que compõem o tribunal compactuam com essa prática, nada republicana, mas há um grupo alinhado ao deputado fazendo esse jogo. Até porque têm origem política e parlamentar. Para contrariedade do credenciado corpo funcional do TCE.

foto> Julio Garcia quando era conselheiro do TCE / arquivo, divulgação

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