O incentivo à ovinocultura é parte das estratégias do Sebraetec, programa focado no desenvolvimento de micro e pequenas propriedades rurais. A cadeia produtiva integra o programa, que realiza consultorias tecnológicas, por meio de parceria entre o Sebrae/SC e as Prefeituras dos municípios atendidos. O resultado das ações do projeto foi apresentado durante o Itaipu Rural Show, em Pinhalzinho.
A família Bianchi, de Lajeado Grande, faz parte do grupo de produtores atendidos pelo Sebraetec. Há dez anos, eles investiram na ovinocultura leiteira e hoje são referência no Estado na produção de leite de ovelha. Com a matéria-prima, a empresa familiar se especializou na produção de queijos e doces.
Segundo o consultor técnico de ovinocaprinocultura do Sebrae, Paulo Gregianin, além da ovinocultura de leite, as ações na propriedade são direcionadas para a gestão e seleção genética. “O objetivo é reduzir 40% do plantel de matrizes e fazer com que os 60% que ficarem produzam mais do que o anterior. Agora em 2023 iniciamos um trabalho com técnica mais avançada dentro da linha de biotecnologia, que é a produção e transferência de embriões. Para isso, identificamos de 1,5% a 2% das matrizes que são elite e, a partir delas, estamos produzindo embriões para acelerar esse processo de produção. Estratégias como essa, de reduzir o plantel e torná-lo mais eficiente, automaticamente vão gerar um resultado financeiro melhor e ainda gerar animais diferenciados para colocar no mercado.”
Para o produtor Anderson Elias Bianchi, a ovinocultura ainda é uma atividade incipiente, mas com grande potencial. “O Sebraetec contribui muito para a evolução e desenvolvimento da atividade, porque contamos com consultor capacitado e que traz as soluções que precisamos. Fomos atendidos em todas as nossas demandas”, afirma.
A CONSULTORIA
O primeiro passo da consultoria é fazer uma visita ao produtor para identificar as características da propriedade, o perfil dos produtos, a afinidade com a atividade e o interesse produtivo. “Depois a gente confere quais são as raças disponíveis, o status sanitário e morfológico desses animais, aspectos de nutrição e sanidade e, a partir disso, se cria um cronograma de atividades para dar sequência ao trabalho”, explica Gregianin.
Normalmente, são feitas 10 visitas por ciclo à propriedade, que seria o equivalente a um ano. Durante as consultorias, são trabalhadas questões como a capacitação de mão de obra, melhoramento nutricional, sanidade, reprodução e genética. “Nós procuramos fazer um trabalho educativo para que o produtor tenha autonomia e esteja preparado para tocar a atividade de maneira independente”, conclui.
foto de capa> A família Bianchi, de Lajeado Grande, faz parte do grupo de produtores atendidos pelo Sebraetec