A interlocutores privilegiados, Raimundo Colombo tem dito que sua paciência com o PMDB, o grande sócio do projeto vencedor da eleição em 2014, “está no limite.”
Desde o início do segundo governo, as dificuldades entre o PSD do governador e o PMDB do vice, Eduardo Pinho Moreira, só fazem aumentar o distanciamento. O caldo começou a entornar quando, na ausência do pessedista, que estava em viagem ao exterior, o PMDB tentou emplacar, meio goela-abaixo, Ronério Heiderscheidt na Secretaria Regional da Grande Florianópolis.
CLIMA NA ASSEMBLEIA É DE DESCONFIANÇA
Na Assembleia, o PMDB articulou a derrota da MP 198, de interesse do Centro Administrativo, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e certamente derrubaria a matéria se ela fosse a plenário. Na semana passada, o PMDB foi o único partido aliado a postergar a reunião para conhecimento do novo projeto governista para a Educação. Enquanto as demais bancadas já fecharam questão pela aprovação da proposta, os peemedebistas ainda querem mais uma rodada de conversas para bater o martelo. Pra completar, neste fim de semana, o próprio Eduardo Moreira deu uma declaração ao jornalista Moacir Pereira, do Diário Catarinense, afirmando que Luiz Henrique da Silveira deve ser o nome do PMDB para a cabeça de chapa em 2018, praticamente descartando uma composição com o PSD. Pode ter sido a gota d´água.
Ou seja, estamos diante de um fato raro: com seu jeito franciscano, Raimundo Colombo dificilmente perde a paciência com quer que seja, muito menos com um aliado importante. Definitivamente, os sorrisos e abraços apertados da campanha vitoriosa (foto) cederam lugar ao ranger de dentes e ao distanciamento.
Foto: divulgação