Blog do Prisco
Coluna do dia

Pacote polêmico

A segunda-feira amanheceu no Brasil com as novidades, 28 no total, editadas por decreto pelo presidente Jair Bolsonaro. Elas trazem novas regras para as relações de trabalho por 120 dias, o período estimado em que devemos ainda viver sob os efeitos da pandemia do Coronavírus.

Entre isenção de tributos, taxas e impostos, antecipação de benefícios e anúncio de ajuda aos autônomos, surgiu a medida mais polêmica. Ela permitiria a suspensão do pagamento dos salários dos trabalhadores da iniciativa privada por quatro meses. Com algumas compensações. Mas durou pouco mais de 12 horas. Torpedeada de praticamente todos os lados, essa medida foi revogada por Jair Bolsonaro logo depois do almoço.

Aguardemos os desdobramentos para melhores avaliações. O governo tentou justificar esse ato extremo, em um momento extremo, como tentativa de evitar desemprego em massa. E agora, haverá desemprego em massa? Ou essa não era solução? A conferir outra questão: e os altos salários de parte do funcionalismo federal, estadual e municipal, inclusive de pensionistas? E dos eleitos? Vão ficar ganhando 20, 30, 40, 50  mil mensais enquanto a população vai sozinho ao sacrifício total.

Adiamento e doação

A proposta para o adiamento das eleições foi apresentada para debate aos senadores progressistas. Esperidião Amin é favorável. “Avalio que o partido deveria propor a doação do fundo eleitoral, que é no valor de 2 bilhões de reais, mais o custo do dia da eleição, que é de mais 2 bilhões, e já que não vai ter demanda na Justiça Eleitoral, nós reduzirmos em 50% o valor dos recursos destinados à Justiça Eleitoral, que anualmente é em torno de 8 bilhões, diminuiria para 4 bilhões. Se somar tudo, teríamos recursos no montante de 8 bilhões de reais para doarmos para a saúde do nosso país. Seria muito mais importante do que termos a eleição este ano.”

Produção

Dirigentes do Sindicarne e da Acav, entidades que representam os produtores de proteína animal em Santa Catarina, enviaram carta ao governador Moisés da Silva. Dão apoio ao mandatário nesta hora tão complicada e asseguram que a produção vai continuar para garantir o abastecimento.

Texto

“Estamos juntos com o Governo do Estado na luta que se impõe neste momento garantindo à Vossa Excelência que manteremos os níveis de produção para que nada falte à população catarinense e brasileira, dando um cuidado mais apurado ainda aos nossos colaboradores e mantendo também a destacada sanidade animal do Estado que é reconhecida internacionalmente. Estamos e estaremos sempre juntos para que o povo catarinense possa ter ainda mais orgulho deste Estado.”

Bom senso

Contumaz crítico do governo estadual, o líder da bancada do PL e da oposição na Alesc, deputado Ivan Naatz  considerou lúcida e responsável a decisão do governador Carlos Moisés em determinar que o estado pagará aos hospitais filantrópicos de Santa Catarina o teto estabelecido pela Política Hospitalar Catarinense. Dessa maneira, os hospitais tem garantido mais recursos e ficam suspensos, até o fim da pandemia do novo coronavírus, os critérios de avaliação que determinavam o percentual de repasse.