É inconcebível que um padre, ou vários padres, como no caso desse vídeo, apoiem qualquer pessoa ou causa comunista. O ideário marxista é a mais completa negação do Cristianismo e do sacrifício de Jesus pelos pecadores (veja texto de um professor católico abaixo).
O mesmo raciocínio vale para pastores e lideranças que se dizem cristãs. Esse grupo aí do vídeo, assim como grande parte da CNBB, historicamente, faz parte daquilo que o Senhor revelou a João no Livro do Apocalipse: a igreja que se vendeu ao mal, ao diabo, à mentira, à idolatria, à negação de Cristo: a grande prostituta. Vale não apenas para a Igreja Católica Apostólica Romana, mas também para igrejas evangélicas cujos líderes agem diametralmente ao oposto do que pregam. Sobre estes todos, o próprio Jesus advertiu nos evangelhos, quando alertou para os falsos profetas.
Na foto que ilustra este post, o apóstata Julio Lancelotti, que não está no vídeo, mas é igualmente vendilhão no templo do Senhor.
A grande prostituta – Apocalipse de João
“17 Um dos sete anjos que tinham as sete taças se aproximou de mim e me disse:
—Venha! Eu vou lhe mostrar como a grande prostituta que está sentada junto a muitos rios vai ser castigada. 2 Os reis da terra cometeram adultérios com ela e os habitantes da terra embriagaram-se com o vinho do seu adultério.
3 Então, o Espírito tomou conta de mim e o anjo me levou para o deserto, onde vi uma mulher sentada num monstro vermelho. O monstro estava cheio de nomes que eram ofensivos a Deus e tinha sete cabeças e dez chifres. 4 A mulher estava vestida com roupas vermelhas e roxas e enfeitada com ouro, joias e pérolas. Na mão ela tinha uma taça de ouro cheia das abomináveis impurezas da sua infidelidade. 5 Na sua testa estava escrito um nome que tem um significado secreto:
A grande Babilônia,
A mãe das prostitutas
E de todas as abominações da terra.
6 Então vi que a mulher estava embriagada com o sangue do povo de Deus e com o sangue daqueles que tinham sido mortos testemunhando a respeito de Jesus.”
Segue texto do professor Felipe Aquino que ilustra bem – é claro, é lúcido, é luz, que não se coaduna com as trevas – a impossibilidade, na raiz, de qualquer convergência entre Cristianismo e Comunismo. Enquanto o primeiro prima pela verdade, prega o amor, o perdão e não-violência, o segundo instiga o que há de pior na carne humana, o desejo de vingança, o ódio, a inveja, o roubo, o assassinato, todos os meios que justifiquem os fins.
“Antagonismo existente entre o Cristianismo e Comunismo
Cristo era um Revolucionário Socialista?
O presidente Hugo Chaves da Venezuela, para justificar o seu governo socialista de linha marxista, e a implantação do totalitarismo no país, andou dizendo que: “O Cristo verdadeiro é o da propriedade comum, era comunista mais que socialista; era um comunista autêntico, um antiimperialista, inimigo da oligarquia, inimigo das elites e do poder” (Radio Vaticana, 10 jan 07). Cristo de fato foi um comunista e revolucionário? Não.
Quando o Papa João Paulo II abriu a III Conferência Latino Americana dos Bispos, em Puebla, no México, em 1979, ele deixou claro: “Esta visão de Jesus como o Revolucionário de Nazaré não se coaduna com a fé católica”. Com essas palavras o Papa cortava na raiz as pretensões da Teologia da Libertação, de linha marxista-leninista, que se fortalecia na América Latina na década de 70. A partir daí foi visível que o grande Papa iniciou um grande trabalho na Igreja, especialmente junto aos Bispos, para sanar os erros da teologia da libertação; o que foi eficaz, graças a Deus. (Veja nosso livro: A Teologia da Libertação, Ed. Cléofas, 2000)
Onde está o antagonismo entre cristianismo e comunismo?
O comunismo prega o materialismo histórico (ou dialético), isto é, todos os acontecimentos da história são determinados pelo fator econômico; a ordem política, a cultural, a religiosa… reduzem-se a fenômenos econômicos. Isto é contrário aos princípios cristãos, que reconhecem no homem uma alma espiritual, aberta para os valores transcendentais; estes valores levaram os homens a desprezar muitas vezes o valor econômico em função dos bens espirituais. Lembre-se por exemplo dos grandes santos que abalaram o mundo (S. Agostinho, S. Tomás, S. Teresa de Ávila, S. Inácio de Loyola, S.João Bosco…); nenhum deles atuou tendo o fator econômico como determinante.
O Comunismo é materialista e é adverso à fé e ao Cristianismo, sendo que a produtividade econômica é considerada o único valor reconhecido, de modo que a fé em Deus Criador e em Jesus Cristo Salvador são vistas como inútil e alienante. A religião é considerada “o ópio (droga) do povo”, e se odiava a Igreja de Cristo; para ver isto basta ler a obra de Karl Marx, “O Capital”, de 1867. A análise marxista é estruturada sobre a teoria violenta da “luta de classes”, joga uma classe contra outra; é o motor da história. Considera que toda a história é movida pelo conflito entre patrões e operários, o que está errado e injusto, pois muitos outros fatores movem a história: as relações de amor, paz, aliança tanto entre indivíduos como entre sociedades. A mentalidade da luta de classes é anti-cristã porque incita ao ódio e joga irmãos contra irmãos.
O Cristianismo não aceita a luta como meio ordinário de transformar a sociedade; ao contrário, ensina a reconciliação, o diálogo entre as partes, o acordo, o perdão, etc. Para o “práxis” marxista, “os fins justificam os meios”; pode-se lançar mão da violência, da corrupção, do roubo, da falsidade e da morte para se implantar o comunismo; tudo é válido… é por isso que o comunismo matou cerca de 100 milhões de pessoas no século XX, e foi o maior fracasso do mesmo século (cf. “ O Livro Negro do Comunismo – crimes, terror e repressão”, Stéphane Courtois e outros, Ed. Bertrand Brasil, 3ª ed. 2001, 917 páginas; ver a orelha).
Por isso tudo os Bispos latino-americanos reunidos em Puebla no ano de 1979 fizeram esta grave advertência sobre o perigo do marxismo: “Cumpre salientar aqui o risco de ideologização a que se expõe a reflexão teológica, quando se realiza partindo de uma “práxis” que recorre à análise marxista. Suas consequências são a total politização da existência cristã, a dissolução da linguagem da fé na das ciências sociais e o esvaziamento da dimensão transcendental da salvação cristã” (nº 545). Em outras palavras, a adoção da análise marxista é um veneno para a fé católica.
Como, então, seria Cristo um marxista, um revolucionário? Marxismo e Cristianismo são mutuamente incompatíveis; as tentativas de aliança entre ambos redundam em desvirtuação de um ou de outro. O comunismo nega o direito da propriedade particular, e defende que todos os meios de produção devem estar nas mãos do Estado; a Igreja não concorda com isto; embora a injusta distribuição acarreta graves males, e é preciso ser corrigida, mas nem por isso se deve negar o direito à propriedade particular.
A análise marxista atrai os intelectuais e as massas hoje em dia porque propõe “acabar com a injustiça social”. Mas de que modo? Com que meios? É preciso que a busca deste ideal desejado por todos não seja por meios imorais como são os meios marxistas, que desrespeitam a pessoa humana, usa a violência, a luta de classes e o incitamento ao ódio entre irmãos. Todos queremos justiça social, mas por meios puros, pela caridade, e não pela violência.
O S. Padre João Paulo II em discurso aos Bispos do CELAM no Rio de Janeiro rejeitou a hipótese de utilizar-se a análise marxista como premissa para a elaboração de um sistema de pensamento católico: “… A libertação cristã usa “meios evangélicos, com a sua eficácia peculiar e não recorre a algum tipo de violência, nem à dialética da luta de classes…” (Puebla, 486) ou à praxis ou análise marxista” (nº 8). É nesta linha que se deve promover os pobres e a justiça. Esta é a diferença fundamental entre o socialismo marxista de Hugo Chaves e Fidel Castro e o cristianismo. A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) escreveu ao presidente Hugo Chávez, em 20 dez 07, congratulando-se com ele por sua reeleição, e pedindo-lhe que mantenha a educação religiosa e não implemente, no país, “um socialismo inspirado na filosofia marxista”.
“Esperamos que este socialismo, que ainda não está definido (…) não siga a linha de um totalitarismo, de uma visão estatizada de ocupar todos os espaços, e não se inspire na filosofia marxista” _ disse o cardeal-arcebispo de Caracas, Jorge Liberato Urosa Savino, presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, numa coletiva de imprensa. Infelizmente este apelo não foi ouvido, e o ditador caminha a passos largos para implantar o socialismo marxista e totalitário na Venezuela, segundo o modelo de Cuba. Para a análise marxista a felicidade está apenas neste mundo, e o que existe é apenas o “Reino do homem”, e não o “Reino de Deus”.
Mas Cristo, no momento crucial do seu julgamento diante de Pilatos, foi enfático: “O meu Reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse desse mundo, certamente os meus súditos teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus; mas o meu reino não é deste mundo” (Jo 18,36).
Prof. Felipe Aquino”
*Fabian Lemos, jornalista, consultor e cristão