De acordo com a Fecomércio SC, a medida pode impulsionar a recuperação dos setores de comércio e serviço, que registraram ganhos de 14,6% e 15,6% entre janeiro e maio, além de impactar diretamente nos índices de endividamento e inadimplência. No mês de junho, cerca de 45,6% dos catarinenses estavam comprometidos com alguma parcela e cerca de 9,9 % estavam com contas atrasadas. A intenção de consumo das famílias (ICF) medida mensalmente pela Federação, apesar de situar-se em patamar pessimista, voltou a apresentar movimento de retomada no segundo trimestre de 2021, com média de crescimento de 0,9%.
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“A entrada de qualquer renda extra, seja 13, IR ou FGTS, interfere na engrenagem da economia local, além de trazer um alívio para o orçamento familiar. O cenário nos próximos dias deve ser de estabelecimentos movimentados. Com o pagamento das contas atrasadas, o catarinense também está apto a consumir novamente ou voltar a poupar”, avalia o vice-presidente da Fecomércio SC, Emilio Rossmark Schramm.
Levantamentos realizados pela Fecomércio SC nos últimos anos demonstraram um comportamento recorrente dos consumidores na utilização do 13ª salário. Antes da crise (2015 e 2019), em média de 34% usava para pagamento das dívidas, 28% poupava e 22,5% na compra de bens e serviços. Já em 2020, devido às incertezas e inseguranças, a maioria dos consumidores (38%) optaram pela cautela ao indicarem que iriam economizar o recurso, crescimento de 10 pontos percentuais em relação a média pré-crise (27,9%).
Com a retomada da economia, avanço no processo de imunização e a reedição das medidas econômicas, as incertezas tendem a diminuir, aumentando a confiança dos consumidores catarinenses e possibilitando o uso desse recurso para o consumo de bens e serviços.