Coluna do dia

País de contrastes

É louvável o nível que a Polícia Federal e membros do Ministério Público atingiram. De excelência. Quando algum figurão é preso, os advogados já estão se acostumando a negociar o tamanho da pena, seja no âmbito da Lava Jato ou de outra operações, pois não adiante tentar negar os fatos diante de tantas provas coletadas. Um grande avanço, que não está poupando grandes empresários e passa longe de questões partidárias.

Quem poderia imaginar dois ex-governadores do Rio de Janeiro presos no Complexo  Penitenciário de Bangu. Outro notório líder fluminense, Eduardo Cunha, também está no xilindró. Abriu caminho para Anthony Garotinho e Sérgio Cabral, um trio de próceres da política. Aliás, Garotinho já foi do PMDB de Cabral e Cunha. Hoje, está no PR.

Por outro lado, o país convive com uma aberração que precisa acabar. O tal de foro privilegiado. Uma vergonha ver Jacques Wagner, que cumpriu dois mandatos de governador, agora arrumando uma vaguinha de secretário de seu pupilo, Rui Costa. Será nomeado neste sábado para escapar da mão firme do juiz Sérgio Moro. Guindado ao cargo, o petista passa a ter direito à tratamento diferenciado e o processo que o investiga na Lava Jato será remetido ao TRF1, em Brasília. É a mesma manobra espúria que Lula da Silva e Dilma tentaram sem sucesso no final da gestão dela.

 

Privilégio de verdade

Foro privilegiado deveria ser apenas para presidente da República, o vice, o presidente do STF e os presidentes das duas Casas Legislativas federais. Nada de deputado federal, senador, deputado estadual, governador, prefeitos etc e tal.

 

Trânsito

O empresário Rogério Cerqueira, presidente do Conselho Estadual de Turismo, tem-se destacado à frente do órgão. Tem pilotado vários eventos importantes e participou das comemorações dos 50 anos da Embratur, em Brasília. Recentemente, ele recebeu uma delegação de Barcelona para troca de experiências. Ficou impressionado com o planejamento dos espanhóis. Por lá, eles já estão com a agenda de eventos fechada até 2023. Ou seja, sete anos adiante. No Brasil, quando muito, se projetam os eventos para seis meses. E olha lá.

 

Triste realidade

Em Santa Catarina não é diferente. No governo do Estado, inclusive. Não se sabe, por exemplo, quais serão exatamente as ações governistas para temporada de Verão, que bate às portas.  Neste contexto, Siqueira e o trade turístico está na expectativa, depois do anúncio de que haverá mudança na Secretaria de Turismo, que o novo titular seja alguém com trânsito no setor. Ainda mais agora que já se sabe que pelo menos 400 voos charters virão da Argentina no Verão. É preciso alguém que circule bem e conheça o meio.

 

Diálogo

Esta semana, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (PSB) foi até a Escola Municipal Jardim do Lago. O educandário foi ocupado por estudantes que dizem ser contrários às mudanças no Ensino Médio e à PEC do teto dos gastos públicos, já aprovada na Câmara Federal. Habilidoso, o alcaide pediu para os alunos permitirem a sequência das aulas e a normalidade do fluxo de pessoas no espaço público. Deu certo. O calendário não foi interrompido, embora o grupo tenha marcado uma assembleia para esta sexta-feira.

Sair da versão mobile