Coluna do dia

País de privilegiados

No Brasil, onde o trabalhador que se aposentar pelo SUS terá direito, a valores de hoje, no máximo a R$ 4 mil de aposentadoria, há cerca de 20 mil mulheres, filhas e até netas, de militares e juízes ganhando valores astronômicos sem nunca terem sido servidoras. Elas simplesmente não formalizam o casamento e herdam algo que se assemelha um pouco ao que acontecia nas capitanias hereditárias, os valores que seus progenitores ganhavam.

Reportagem da revista IstoÉ desta semana escancara essa nação de privilegiados, que custam R$ 20 bilhões ao ano. Tudo pago com o meu, o seu, o nosso dinheiro, enquanto infraestrutura, saúde, educação, etc e tal continuam um caos.

No Brasil, há 18.487 magistrados e procuradores federais. Mais de 13 mil ganham acima do teto constitucional de R$ 33,7 mil. A média da remuneração destas castas é de R$ 46 mil mensais. Se os homens e mulheres que devem zelar pela lei e pela Justiça atropelam a ambas em nome de mais dinheiro e mais privilégios, o que podemos esperar do futuro?

 

Peso brutal

São esses privilégios que vão se acumulando que agora colocam em risco as aposentadorias de milhões de brasileiros que suaram a camisa a vida inteira para ganhar alguns trocados mensais na comparação com a turma dos doutores. São professoras, enfermeiras, pedreiros, bancários, serventes, motoristas, enfim, aquela massa que realmente faz o país acontecer. Uma vergonha sem fim!

 

Escracho

Há casos de juízes, principalmente no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, ganhando R$ 200  mil mensais. Não há justificativa. Principalmente quando o salário médio do trabalhador que não tem direito a uma infinidade de privilégios (como auxílio-moradia, escola particular para os filhos, carro, motorista particular, cota de gasolina, telefone, plano de saúde, etc) ganha, em média, R$ R$ 2,2 mil. Já para os professores “deste país” a média dos vencimentos é de R$3mil.

 

Marcílio na berlinda

O ex-vereador por Florianópolis e ex-presidente da Câmara da Capital, Marcílio Ávila, cassado em meio ao escândalo da Operação Moeda Verde, pode acabar preso por uma condenação de 2014. A sentença é da Justiça de Santa Catarina e condenou o político a três anos e quatro meses de prisão, mas a pena acabou substituída por duas penas restritivas de direito para que ele prestasse os famosos serviços comunitários, não perdendo assim o direito à liberdade.

 

Como assim?

Acontece que o Ministério Público Federal do Tocantins está questionando se Marcílio cumpriu de fato os serviços comunitários. Ele não estaria conseguindo comprovar a atuação e pode acabar preso. Além de ex-vereador, Marcílio Ávila foi secretário de Infraestrutura de Palmas, administrada pelo amigão dele, Carlos Amastha, que também está todo enrolado com a polícia e o Judiciário local.

 

No xilindró

Quem já está preso, foi detido sábado na BR-101, é o ex-prefeito de Itapema, Clóvis José da Rocha. A sentença é relativa ao período em que ele administrou a cidade praiana. Desse jeito, vai faltar xilindró para os políticos.

 

Reconhecimento

Deputado Mário Marcondes entrega comenda ao Instituto Guga Kuerten. Será nesta segunda-feira. Ele visitou o IGK recentemente. Foi recebido por Alice Kuerten e saiu de lá encantando com o trabalho realizado. Merecido.

 

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