Coluna do dia

País sangrando

A profunda divisão que existe no Brasil desde que se instituiu o Fla x Flu, fomentado pelo PT, do eles contra nós, dos bons contra os maus, dos “pobres” contra a elite, deve se aprofundar ainda mais na esteira do atentado sofrido por Jair Bolsonaro em Minas Gerais.

As manifestações na internet deixam muito claro o quadro doentio estabelecido na sociedade brasileira, com posições extremadas, verbalmente violentas, inconsequentes e absurdas.

A tentativa de assassinato covarde, fria, calculista, brutal contra a vida do presidenciável do PSL deveria servir de profunda reflexão a toda  a nação. Mas o que se vê é um festival de ataques, insinuações, deboches, de insanidade mesmo.

Há candidatos e lideranças que discursam em favor de unir o Brasil; outros querem a volta ao passado e há os que vendem esperança de um futuro diferente. Mas nenhum deles conseguirá estancar a sangria apostando, como se vê, no aprofundamento da divisão nacional. O Brasil sangra faz tempo e acaba de levar mais um golpe cujo potencial de letalidade ainda é difícil de mensurar.

 

Sangrando

O fato é que a facada na barriga de Bolsonaro, que provavelmente era endereçada para o coração do líder das pesquisas, conforme declaração de um de seus filhos, muda os rumos das eleições. Senão vejamos. Uma das características que consolidou Jair Bolsonaro na liderança das pesquisas de intenção de votos foi justamente o contato direto, o velho e bom corpo-a-corpo, com o eleitorado.  Tática associada a uma estratégia de comunicação que vai na mesma linha: de Bolsonaro para quem quiser ouvi-lo, sem intermediários.

 

Prós e contras

A facada, que não atingiu o coração, mas acertou em cheio os intestinos de Bolsonaro, vai tirá-lo de combate em pelo  menos metade do tempo que falta para o primeiro turno. O que pode acarretar prejuízo incalculável ao candidato. Por outro lado, a comoção ante a covardia, a frieza, a sanha assassina de  um sujeito (muito  provavelmente mais de um) que não concorda com as posições de Bolsonaro, pode vitaminar seu nome, sobretudo entre indecisos que ainda hesitavam em assumir o ex-capitão do Exército como seu candidato já no primeiro turno das eleições. A conferir quais fatores pesarão mais na sequência da campanha.

 

Ladeira abaixo

Certo mesmo é que o Brasil seguirá perigosamente flertando com o abismo enquanto alguns dos principais líderes e partidos continuarem propondo projetos meramente de poder. Ou se pensa o país, no seu conjunto, ou seguiremos sem rumo, rumo a uma tragédia anunciada.

 

Reviravolta

Deputado João Rodrigues se manifestou sobre a decisão do ministro Luiz Roberto Barroso, do STF, de quinta-feira à tarde. O ministro derrubou a liminar que tirou o parlamentar da prisão e lhe permitiu o registro da candidatura à reeleição. “Recebi com surpresa a decisão do ministro Luiz Roberto Barroso, do Superior Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (6), mas a respeito estarei na segunda-feira (10) em Brasília reunido com meus advogados e ao mesmo tempo estarei à disposição da Justiça. Reitero que confio muito na Justiça brasileira.”

 

Duas canoas

Prefeito de Rio do Sul, José Roberto Thomé, compareceu a encontro de lideranças do Alto Vale em evento eleitoral de candidatos a chapa de Gelson Merisio. Posou para fotos ao lado do candidato a vice, João Paulo Kleinübing. O alcaide é filiado ao PSDB, partido que está coligado com o MDB. Mesmo assim, Thomé afirma que não está na campanha de Merisio, destacando sua proximidade com o deputado estadual Milton Hobus. Falta ao prefeito uma posição e declarações mais claras a respeito. Senão o distinto público fica com a sensação de que o prefeito está querendo manter um pé em cada canoa para ficar numa boa com os dois lados!

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