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Palhoça decreta emergência pelo ciclone

O relatório da Defesa Civil do município informa que 16 escolas municipais e 65 residências foram destelhadas ou tiveram as coberturas completamente arrancadas pelo vento.

O prefeito de Palhoça, Camilo Martins, decretou “situação de emergência em razão dos efeitos ocasionados pelo ciclone”, que provocou danos na cidade, mobilizando as equipes da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros em quase 100 ocorrências. O Decreto 2.607, de 01 de julho, foi assinado após o recebimento do relatório de danos, realizado pela Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil – Compdec.

No artigo 1º, o documento informa que “fica declarada a existência de situação anormal no município de Palhoça, decorrente do ciclone que assolou o Estado de Santa Catarina (…), afetando a infraestrutura de diversos imóveis, particulares e públicos, caracterizando situação de emergência”. A situação de anormalidade declarada é válida “única e exclusivamente para atender as localidades comprovadamente afetadas pelo ciclone, em Palhoça”.

Os primeiros danos, causados pelos ventos, que se aproximaram de cem quilômetros por hora, predominantemente do quadrante sul, foram registrados por volta das 16 horas de terça-feira, último dia de junho. À noite, o ciclone deu uma trégua, diminuindo a intensidade das rajadas, voltando a castigar a cidade a partir da madrugada desta quarta-feira (01).

O relatório, que a Defesa Civil do município encaminhou ao prefeito Camilo Martins, na manhã desta quarta-feira, apresenta registros de quase cem ocorrências diversas, causadas pelo vento. Cita que 16 colégios – o que corresponde a quase 50 por cento dos estabelecimentos do ensino fundamental – sofreram destelhamento e quebra ou afundamento de forro, diretamente pela ação do vento ou em consequência de queda de árvores.

Até o início da tarde desta quarta, a Defesa Civil contabilizava 65 casas destelhadas pelo vendaval, ou apresentando outros danos decorrentes do tombamento de árvores.

Equipes da Defesa Civil, bombeiros militares e civis estão ocupados desde a tarde de terça-feira, cortando e removendo entulhos de árvores de ruas, sobre a fiação de energia elétrica e das propriedades particulares atingidas. A Defesa Civil recrutou até agentes de trânsito do município para auxiliar nesse trabalho, que também inclui a remoção de estruturas metálicas de placas de publicidade, que atingiram a fiação e dificultam o trânsito.

No relatório encaminhado ao prefeito Camilo Martins, o coordenador Municipal de Proteção e Defesa Civil, Júlio Germano Marcelino, informa que a interrupção temporária do fornecimento de energia elétrica atingiu mais de 1.500 unidades consumidoras, afetando também serviços de telefonia e internet.

Em razão da situação de emergência declarada, ficam “as autoridades municipais e estaduais convocadas a dar toda e total atenção, bem como empregar os esforços para preservar a ordem e a vida, enquanto perdurar a situação de anormalidade”.

O secretário de Segurança Pública, Alexandre de Souza, informa que a Prefeitura vai disponibilizar telhas e lonas para as famílias que tiveram suas propriedades danificadas. E a Secretaria de Educação já iniciou o processo de recuperação das escolas atingidas.