Embora muito bem produzida, a peça de ficção que o PT levou ao ar nesta quinta-feira, com a marca do marqueteiro João Santana, pode ter servido como combustível para insuflar ainda mais as manifestações de rua previstas para o dia 16 de agosto.
No mundo encantado de Dilma e seus anões, panela é referência de fartura a partir dos governos petistas. Uma ironia que acabou abafada pelos panelaços retumbantes da vida real Brasil afora. Em Santa Catarina, não foi diferente. Assim que findou-se o blá blá bla, começaram a pipocar nas redes sociais imagens e áudios estridentes. A nota só dos panelaços veio acompanhada do coro Fora Dilma.
O tom do programa escancara que o PT e o governo ainda tentam transformar a realidade a partir da propaganda. O problema é que essa fórmula até funciona, desde que o marketing tenha alguma conexão com a realidade. Não é o caso na atualidade. No dia a dia, o brasileiro vê crescerem as dificuldades e o dinheiro, sumir. Ainda que fosse verdade, experimente justificar a um pai de família a perda do emprego ou a queda brutal na renda com explicações sobre a economia mundial! Não vai colar, como não colam mais as ironias e mentiras governistas. A população está clara e justificadamente impaciente, pois percebe que o navio está afundando enquanto a banda insiste em
tocar uma música alegre à beira do abismo! Se as panelas ganharem as ruas na proporção das pesquisas e das manifestações desta quinta-feira, a ex-mãe do PAC terá seríssimas dificuldades para seguir no poder.
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