Coluna do dia

Panorama atual nas sete grandes

O titular desta coluna percorreu, recentemente, os sete principais municípios catarinenses do ponto de vista econômico. Entrevistou os 25 principais candidatos a prefeito. O panorama é o seguinte. Em Joinville, maior colégio eleitoral, há indicações de que a candidatura do deputado e ex-prefeito Marco Tebaldi está crescendo. E pode ameaçar um cenário que, até momento, apontava para um provável segundo turno entre o atual prefeito, Udo Döhler e o deputado estadual Darci de Matos. O clima esquenta dia a dia. Disputa boa.

Em Florianópolis, existem dois concorrentes chamados de azarões. Elson Pereira, que fez excelente votação em 2012, e Murilo Flores, que se apresenta como alternativa de gestão. A conferir se a onda pega um dos dois e joga para as alturas. Caso contrário, o contexto aponta para a repetição do Fla X Flu da política catarinense, com PP e PMDB se digladiando no segundo round. De um lado a ex-prefeita Angela Amin. Do outro, o deputado estadual Gean Loureiro.

 

Blumenau

Na terceira maior cidade, há praticamente apenas duas candidaturas. O PT lançou o professor Valmor Schiochet, mas o desgaste brutal do partido e do próprio Lula da Silva gera muita dificuldades e baixíssimas perspectivas. O que se vê é a repetição da disputa de 2012, quando Napoleão Bernardes bateu o deputado Jean Kuhlmann no segundo turno. Agora em posições invertidas, o parlamentar, que o era o candidato de situação há quatro anos, quer dar o troco.

 

Fim de um ciclo

Depois de duas décadas, Itajaí vive uma eleição diferente. Neste período todo, o que se viu foi uma guerra entre os grupos de Jandir Bellini, que completa 16 anos no poder, e do ex-deputado Volnei Morastoni, que teve vários mandato de deputado, presidiu a Assembleia e governou o Estado interinamente. Entre as duas levas de oito ano de Bellini, Morastoni conquistou um mandato de prefeito, mas perdeu justamente para o atual comandante quando tentava a reeleição.

 

Terceira via

Agora o que se vê em Itajaí é o surgimento de um furacão chamado Anna Carolina, que é vereadora e tem excelentes perspectivas de surpreender os dois lados no dia 2 de outubro. Acabaria com um ciclo da política itajaiense.

 

Fato novo

Criciúma foi a única entre as cidades-polo que apresentou fato novo recentemente. A desistência do deputado Cleiton Salvaro, que deixou PSB, PSD e mais oito partidos na estrada. Na verdade, o parlamentar só colocou o nome na disputa para o caso do primo, ex-prefeito Clésio Salvaro, ser impedido judicialmente de concorrer. Aí ainda haveria um Salvaro no páreo. Como não ocorreu, Cleiton pulou fora. Resta saber como o eleitorado vai reagir a esta estratégia. Tanto pode fortalecer Salvaro como canalizar novos votos para o prefeito Márcio Búrigo, candidato à reeleição.

 

Cenário ameno

Chapecó é onde a eleição parece mais tranquila. O prefeito Luciano Buligon, candidato à reeleição, está fazendo uma boa gestão. Tem muita presença, muita liderança e muita firmeza. E conta, ainda, com a divisão da oposição. O PCdoB lançou o deputado Cesar Valduga e o PT a também deputada Luciane Carminatti.

 

Incógnita

Já em Lages, o pleito encontra-se absolutamente aberto, de resultado imprevisível. Raimundo Colombo apoia Antônio Ceron, que já foi adversário do atual prefeito, Elizeu Mattos, em 2012. O alcaide, a exemplo de Cesar Jr na Capital, não disputa a reeleição. Já o empresário Roberto Amaral está embalado por uma coligação de uma dúzia de partidos. A terceira candidatura é a do o ex-vereador Marcius Machado, que aposta na divisão dos votos entre Amaral e Ceron. Só que um  desses dois também pode encarnar o voto útil e suplantar Machado.

 

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