Manchete

Para além das brigas e picuinhas eleitoreiras

Nossas colunas, o blog e os espaços televisivos e de redes sociais do colunista têm acompanhado e tentado esmiuçar as picuinhas e brigas políticas em tempos de quarentena.
Muito já falamos e escrevemos sobre o assunto. Quando, na verdade, deveríamos estar observando e então abordando a convergência dos interesses sociais também entre as autoridades. Não é hora para tentar se viabilizar politicamente ou para desestabilizar adversários.
Nessa linha de raciocínio, ficou muito bem encaixada a resposta que Moisés da Silva deu a Jair Bolsonaro, depois que o primeiro fez vazar um vídeo com críticas nominais ao governador do estado.
“Minha história pessoal teve esse papel, de salvar pessoas (ele é Bombeiro aposentado). Não vou mudar meu foco, sou aliado dele (Bolsonaro), apesar de todos termos contribuído na campanha não é momento para palanques, para este tipo de discussão,” cravou o catarinense.

O que é importante

Resta saber agora se haverá (dever haver, pelo perfil dele) reação presidencial à equilibradíssima fala de Moisés, que não entrou na provocação de Bolsonaro.
Porque o que interessa, de fato, à população é controlar o coronavírus para que se evitem muitas mortes no Brasil e, paralelamente, garantir a retomada da economia e a manutenção de empresas e empregos que ainda não desapareceram. É isso que importa, verdadeiramente, neste abril e 2020.

Nuances

Registre-se que esta foi a primeira vez que Moisés da Silva reagiu publicamente ao presidente Jair Bolsonaro em um contexto político e de objetividade frente à crise.
É bem provável que a indiferença do inquilino do Planalto para o da Casa d’Agronômica possa aumentar, tornando-se algo muito próximo de um enorme bloco de gelo. Por outro lado, é fato também que já passou da hora de Bolsonaro atender as reivindicações de governadores e também de prefeitos, todos, de alguma forma, escanteados em função das picuinhas eleitoreiras.

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