A paralisação de obras públicas em Santa Catarina foi pauta da reunião ordinária do Comitê Consultivo Empresarial do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-SC), realizada na terça-feira (7), em Florianópolis. O encontro contou com a presença de representantes do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC).
Com diversas construções fundamentais paralisadas ou com o andamento comprometido, incluindo escolas, unidades de saúde, rodovias e obras de saneamento, a situação tem gerado impactos diretos na vida da população catarinense, que sofre com a falta de serviços essenciais. O setor produtivo também é afetado, com prejuízos para empresas contratadas e trabalhadores da construção civil.
Representaram o TJSC na reunião os integrantes André da Silva, Everton Tischer e Daniel Krause. Pelo TCE-SC, participaram Gabriel Carvalho e Gustavo de Oliveira. Pelo Comitê Consultivo Empresarial do CREA-SC, estiveram presentes o coordenador Fernando Schmidt, Eduardo Bridi, Flávio Schäfer, Ronaldo de Azevedo, Marco Sacenti e Angelita Bortoli.
O encontro teve como objetivo aproximar o setor técnico, o Judiciário e os órgãos de controle, visando discutir alternativas para evitar o desperdício de recursos públicos e a demora na execução de obras essenciais. A proposta central foi debater melhorias nos processos de contratação e na gestão de contratos.
Para o coordenador do comitê, Fernando Schmidt, esta ação do Comitê Consultivo Empresarial do Crea-SC consiste em identificar e viabilizar formas de reduzir o número de obras inacabadas que geram prejuízo à administração pública e à sociedade. Ao orientar prefeituras e entes públicos nos processos de contratação e controle das obras, acreditamos a sociedade será beneficiada. “Paralisar uma obra é mais do que interromper uma construção, é travar o acesso das pessoas a serviços essenciais. O CREA-SC está mobilizando sua rede de conhecimento técnico para colaborar com soluções que garantam a continuidade dessas entregas com responsabilidade e qualidade”, disse Schmidt.
O membro do comitê Eduardo Bridi destacou o impacto direto da paralisação na vida dos cidadãos. “Convidamos membros do TJSC e do TCE-SC para expor a preocupação do Conselho com o elevado número de obras paralisadas, as quais somam cerca de 6,5 bilhões de reais. São escolas, hospitais, estradas que já deveriam ter sido entregues à população e estão inacabadas com continuação incerta”, alerta Bridi.
O presidente do CREA-SC, engenheiro Kita Xavier, destacou o compromisso do Conselho com a sociedade catarinense e colocou a entidade à disposição para atuar tecnicamente ao lado do Judiciário e dos órgãos de controle. “O CREA-SC é parceiro do TJSC e do TCE na análise de obras paralisadas e na prevenção de novos entraves. Nosso papel é construir pontes entre o setor técnico, o Judiciário e os órgãos de controle. Onde há engenharia bem aplicada, há obra concluída e serviço entregue”, afirmou.