Coluna do dia

Paramos de andar para trás

Noves fora as suspeitas gravíssimas que envolvem o atual governo federal (e o colocam, aí sim, à beira da ilegitimidade), Michel Temer completou um ano no poder e faz o país respirar sob o aspecto econômico e político. Neste curto período, houve avanços inquestionáveis. No contexto do Congresso Nacional, já foram aprovado o teto de gastos públicos, a repatriação de dinheiro ilegal enviado ao exterior, mudanças significativas no ensino médio, a terceirização do trabalho, que abriu caminho para a reforma trabalhista, já aprovada na Câmara e em apreciação no Senado. E a própria reforma da Previdência, que já passou no primeiro teste no âmbito da Comissão Especial e se encaminha para votação em plenário.

Olhando para a seara econômica, constata-se que  os juros estão sendo derrubados constante e gradativamente; que a inflação já está abaixo da meta e que o desenvolvimento econômico já é realidade, ainda que de forma tímida. A tendência é a economia começar a girar, trazendo a tão esperada e imprescindível recuperação dos postos de trabalho, hoje a grande preocupação da sociedade brasileira responsável, que trabalha e produz.

 

Casuísmo inaceitável

Maravilha. Essas conquistas, contudo, não são salvo contudo para um casuísmo inaceitável, pois crescem os rumores no sentido de que pode se estabelecer um grande acordo para adiar as eleições do ano que em, prorrogando os mandatos do presidente, dos governadores, dos senadores e dos deputados federais e estaduais até 2020. Seria para coincidir com o pleito municipal daquele ano, unificando as eleições no Brasil. É uma medida necessária, mas não neste momento, quando se quer um país realmente passado a limpo. Seria puro casuísmo e absolutamente inaceitável.

 

Vagas

Nas linhas tucanas, projeta-se a possibilidade de eleição de pelo menos três deputados federais em 2018 (caso as eleições ocorram!). Não será fácil abrir esta nova vaga, até porque, os dois tucanos com mandato na Câmara, Geovania de Sá e Marco Tebaldi, têm boas perspectivas reeleitorais. O ex-prefeito de Joinville, por exemplo, entregou 2,2 milhões de emendas, durante o fim de semana, a municípios do Planalto Norte e da região do Contestado.

 

Perspectiva

Neste cenário interno do tucanato, o senador Dalirio Beber, que assumiu com a morte de LHS, avalia as perspectivas de lançar-se a federal. Na semana passada, ele comemorou o anúncio da assinatura do Termo de Compromisso do Aditivo com a Superintendência do Porto de Itajaí, garantindo o repasse de R$ 23 milhões ao terminal. Os recursos serão aplicados na conclusão das obras do berço três e na retomada das obras do berço quatro. Esta garantia foi dada ao Fórum Parlamentar em janeiro, quando o ministro Maurício Quintella esteve em Itajaí e o colegiado era coordenado por Dalirio.

 

Convicto

Juiz Sérgio Moro já firmou convicção sobre o caso do tríplex e a suspeita de que o guru do esquerdismo do Sul do Mundo teria recebido um tríplex de frente para o mar, em uma praia nobre, como resultado de propina por favorecer a OAS em contratos com a “Petobras”. Pelo menos é o que transparece da mais recente decisão do magistrado. Ele negou os pedidos da defesa e do MPF para a oitiva de mais testemunhas. Na petição daqueles que defendem Lula da Silva, identificou mais uma tentativa de embarrigar o processo. E na solicitação do MPF, excesso de zelo.

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