Ficou notório o baixo prestígio dos parlamentares, estaduais e federais, nas eleições municipais deste ano. Levantamento nacional revela que 73% dos deputados e senadores que concorreram a prefeito perderam nas urnas. Em Santa Catarina, há exemplos que não deixam dúvidas do tamanho da força municipal dos deputados. Quatro federais e quatro estaduais colocaram os nomes à disposição este ano. Em seis cidades diferentes. Apenas um ainda está vivo. É Darci de Matos (PSD), que chegou ao segundo turno em Joinville.
Os outros, exceção feita ao também joinvilense Fernando Krelling (MDB – ele fez boa votação para um nome jovem e que cumpre o primeiro mandato na Alesc) e à lageana Carmen Zanotto – levaram belas surras eleitorais.
Em Chapecó, o único deputado federal petista, Pedro Uczai, foi vice na chapa de Cláudio Vignatti, do PSB. A dupla nem chegou perto de João Rodrigues, que novamente saiu consagrado das urnas. Angela Amin, todo mundo viu, teve uma campanha para esquecer, com desempenho sofrível e ficou em quarto lugar!
Deputada federal combativa, Carmen Zanotto disputou voto a voto com Antônio Ceron, mas ficou fora da prefeitura por 56 sufrágios.
Em Blumenau, Ricardo Alba (PSL), o estadual mais votado na onda Bolsonaro de 2018, conquistou menos de 10% do eleitorado. O seu conterrâneo, Ivan Naatz (PL), que não faz muito era o todo-poderoso relator da CPI dos Respiradores e é autor de um dos pedidos de impeachment em análise na Alesc, não bateu nem na casa dos 5% dos votos.
Do Vale, observa-se o Sul do Estado, onde o criciumense Rodrigo Minotto também não atingiu 5% dos votos. As urnas, como reza o dito popular, além de contabilizar votos, mandam recados muito claros.