O deputado Aldo Schneider, que faleceu na tarde deste domingo, em Balneário Camboriú, constituía-se em liderança política emergente em Santa Catarina. Não apenas pela sua atuação parlamentar, mas também pela sua capacidade de articulação. Ele presidia a Assembleia, graças à desenvoltura de sua interlocução dentro e fora do MDB. Pelos problemas de saúde que se arrastavam por mais de um ano, na última semana o vice-presidente, Silvio Dreveck (PP), já estava respondendo interinamente. O suplente Manoel Mota, que está encerrando a vida pública, será efetivado na Alesc, cumprindo o mandato até dezembro. O emedebista assumiu a Presidência, terceiro cargo do Estado na linha sucessória do governador, em fevereiro, substituindo o próprio Dreveck. O progressista renunciou, cumprindo acordo que lhe garantiu o comando do Legislativo em 2017, e Aldo foi eleito para pilotar o Parlamento em 2018.
Aldo Schneider filiou- se ao MDB em 1987. Era funcionário de carreira da Fazenda estadual. Foi o primeiro prefeito eleito de Vitor Meirelles, no Alto Vale, logo após a emancipação do município, em 1996. Elegeu o sucessor e depois retornou ao cargo de prefeito da cidade. Foi secretário regional de Ibirama e em 2010 conquistou seu primeiro mandato de deputado estadual. Foi reeleito em 2014. Perdeu a luta para um câncer, contra o qual vinha lutando bravamente desde o ano passado. O deputado tinha 57 anos e notabilizou-se pelo estilo sereno, trabalhador e conciliador. Sem dúvida, estava entre os cinco melhores parlamentares da atual legislatura.