Coluna do dia

Partidos flertam com Moisés

O governador teve duas reuniões políticas importantes nesta semana. Com o PSDB e com o PP. Ambos os encontros foram amistosos, mas inconclusivos do ponto de vista do futuro político de Moisés da Silva.

As duas legendas deixaram as portas abertas para o ingresso do Chefe do Executivo. Ele desconversou. Disse que ainda não sabe o que fará em termos de filiação partidária. Sinalizou que pode ir para um pequeno partido, dentro daquela ideia de ter uma sigla para chamar de sua.
O MDB já deixou claro que uma aliança nestes termos, com o governador em uma legenda minúscula, é praticamente inviável.
O PP, a seu turno, está de sangue doce. Não haverá movimentos açodados nesta direção. Até para se preservar a permanência do prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli. O alcaide é inimigo mortal do governador.

Recadaço
Tucanos de alta plumagem usaram, ainda, a agenda com Moisés da Silva para mandar um recadaço a Gelson Merisio. O neotucano que se apresentou como opção majoritária.
A partir do momento em que vários prefeitos, como Clésio Salvaro (Criciúma) e o de Concórdia, Rogério Pacheco (que pilota interinamente o PSDB), se reúnem para escancarar o partido a outra liderança, o recado é claro: Merisio, não contamos mais contigo.

Cobiçado
Aliás, se Moisés fosse um candidato natimorto, não estaria sendo cobiçado por MDB, PP, PSDB, entre outros.
Apesar dos respiradores e dos processos de impeachment, o governador está com os cofres abarrotados e o famoso Pix de Moisés segue a todo vapor.
Estão todos animados, deputados e prefeitos, ante à generosidade do chefe do Executivo.

Goela-abaixo
Merisio, a seu turno, tem recall de quase zero quatro anos depois da eleição em que chegou ao segundo turno contra o atual governador. Resultado de uma candidatura que foi imposta no último pleito. Sem carisma e sem liderança natural.

Partido grande
O MDB segue dividido. Antídio Lunelli só renunciará à prefeitura de Jaraguá do Sul para ser candidato a governador.
Se Moisés for o nome do Manda Brasa, o presidente estadual do MDB, Celso Maldaner, se assanha para ser o vice. Aí, no entanto, a bancada estadual tem tudo para indicar Mauro de Nadal, que acaba e deixar a presidência da Alesc, função que exerceu com maestria e destaque.

Dupla
Moisés foi eleito em 2018 embalado pelo vendaval do 17. Hoje, o senador Jorginho Mello, que se elegeu um pouco por ele, um pouco pelo MDB e um pouco pela onda, está colado em Jair Bolsoanro. De quem Moisés se afastou.
Estes dois, Moisés e Jorginho, são os dois mais fortes candidatos ao governo. Os únicos dois nomes consolidados a esta altura do campeonato.

Nome novo
O empresário Leandro Sorgato, de Chapecó, será uma das novidades nas eleições deste ano. Filiado ao MDB, ele estreará nas urnas buscando uma vaga de deputado federal. Leandro é filho do ex-prefeito de Xaxim, Gelson Sorgato, que também foi vice-prefeito da cidade e como suplente assumiu por três vezes o mandato de deputado estadual.

Inspiração
Além do histórico familiar, ele entra na política motivado pela trajetória do prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, com quem compartilha projetos de desburocratização, simplificação e diminuição do peso da máquina pública. Sorgato tem empresas na área da educação.

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