Para os que estranham a união dos deputados estaduais Marcos Vieira e Leonel Pavan (outrora desafetos de primeira hora), não custa contextualizar o movimento: Ex-senador e ex-governador, Pavan sonha em conquistar novo mandato na Câmara Alta, espaço que só será possível se o PSDB não for cabeça de chapa ou vice-governador, vaga que o próprio deputado tucano poderia também assegurar, a depender das composições. Bom para Vieira, que alimenta há tempos o sonho de presidir a legenda e se fortalecer internamente. Até porque, também projeta voos mais altos no futuro. Quem também torce para os oposicionistas de Bauer é o PSD de Raimundo Colombo. O governo já teria sinalizado a Marcos Vieira a disposição de ajuda-lo, liberando recursos à prefeitos tucanos que viessem a fechar com o grupo anti-Bauer.
BAUER E A CABEÇA DE CHAPA
Mesmo assim, o senador tucano e atual comandante do PSDB diz que está confiante na vitória. E vem dizendo que Pavan e Vieira querem tirar a legenda da cabeça de chapa justamente em um momento de crescimento do partido no país; no vácuo da grande votação de Aécio Neves no ano passado. Evidentemente que ele precisa renovar o mandato na presidência do partido para articular nova candidatura a governador em 2018.
Segundo Paulo Bauer, Marcos Vieira e Leonel Pavan se movimentam para manter o ninho tucano como satélite do PSD ou do PMDB (já foi do PP também). O senador também lembra sua proximidade com Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra. A semana é decisiva, com os dois times em campo e muito assédio sobre prefeitos e outras lideranças.
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