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PDT desautoriza Paulinha, que reage e sugere que pode assumir comando

Segue o clima ruim, pesado e de bate-boca pela imprensa entre a direção estadual do PDT, leia-se Manoel Maneca Dias, e a deputada Paulinha, que virou líder do governo sem a concordância do histórico brizolista catarinense. Em nota, o partido desautorizou a deputada a falar em nome do PDT catarinense, referindo-se ao processo de impeachment de Moisés da Silva. Paulinha da Silva reagiu ao seu estilo, falando em ética, sua história no partido e classificou a nova investida de Maneca como desespero dos “meus poucos adversários internos, que temem que eu venha assumir o partido.”

Nota do PDT, na íntegra

“O Partido Democrático Trabalhista esclarece a população de Santa Catarina que na sessão da Assembleia Legislativa do Estado ocorrida em 17 de setembro de 2020, foi aprovado o andamento do processo de impeachment do Governador Carlos Moisés.
A deputada Paulinha, no uso da tribuna, falou em nome do PDT. Esclarecemos que a referida deputada responde processo disciplinar na comissão de ética Nacional do Partido por assumir sem discussão e autorização do PDT a liderança deste governo.
Ressaltamos que a deputada não está autorizada e nem legitimada a falar em nome do Partido Democrático Trabalhista, uma vez que nosso partido não participa, nem comunga com as ações deste governo.
Todos os esclarecimentos e investigação dos fatos dos quais este governo está envolvido têm que ser apurados e que, caso comprovado os maus feitos – todos sem exceção – sejam punidos com o devido rigor da lei.

Manoel Dias
Presidente Estadual do PDT.”

 

Manifestação da deputada Paulinha

 

“Recebi com surpresa e estranheza a nota do PDT divulgada na imprensa estadual, acerca dos fatos que envolvem o impeachment e mais ainda quanto a minha condição partidária. Até o presente momento, nenhum processo disciplinar imputou-me qualquer tipo de penalidade, e não será uma carta manipulada que vai me impedir de falar em nome do partido que represento há mais de trinta anos. Esclareço que todos os passos do meu mandato com relação ao Governo do Estado são de conhecimento do partido e feitos em acordo com o deputado Rodrigo Minotto. Informo ainda que recentemente fiz contato com o Presidente Nacional do PDT, Carlos Lupi, expondo a situação, e a ele transmiti os pontos de vista arguidos por mim e pelo deputado Rodrigo.
Defendo a democracia, a transparência, a lisura de caráter, e por isso não entendo uma nota emitida num domingo, dirigida somente à imprensa, oriunda da sede partidária, local que sequer funciona aos finais de semana. Lembro ainda que não houve reunião da Direção Estadual para deliberar sobre esse tema, e que jamais recebi um contato que fosse para discutir tal deliberação.
Eu luto pelo desenvolvimento de Santa Catarina, sem negociação de cargos ou espaços políticos, e minha posição está amparada em princípios éticos, e na coragem e coerência que aprendi com Leonel Brizola. A nota emitida, por fim é fruto do desespero de poucos adversários internos que temem que eu venha a assumir o partido, já que me encontro na condição de vice-presidente estadual eleita em convenção, pois sabem que, em isso acontecendo, perderão seus privilégios imerecidos.

Respeitosamente,
Deputada Paulinha”

 

 

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