Coluna do dia

PEC da impunidade

A chamada PEC da imunidade, proposta pelo novo presidente da Câmara, Arthur Lira, que levou a matéria diretamente ao plenário, a toque de caixa, segue rendendo. Líder do Centrão, Lira avaliou que iria enfiar o projeto “goela abaixo“, mas se enganou redondamente.
Sobretudo porque o texto avançou e muito o sinal, saindo da seara da imunidade e indo para a órbita nefasta da impunidade parlamentar.
Foi colocada em votação para admissibilidade, mas nos termos em que foi elaborada, nem merecia ser admitida de tão absurda.
Lira e aliados queriam, na verdade, se blindar não só sobre suas opiniões – o que motivou a prisão do colega falastrão Daniel Silveira -, mas sim em relação à corrupção em suas mais variadas formas e possibilidades. É um precedente gravíssimo.

 

O sim da contramão

Os deputados de Santa Catarina que votaram a favor da PEC da impunidade, atirando contra o próprio pé e contra a sociedade: Angela Amin, Darci de Matos, Caroline de Toni, Fabio Schiochet, Coronel Armando, Geovania de Sá, Daniel Freitas e Hélio Costa.

 

Desfaçatez

O mais lamentável, no entanto, não foi nem a admissão da PEC. O pior é votar pela admissibilidade e ir às redes sociais dizendo que é contra o projeto. Três parlamentares de Santa Catarina agiram assim: Darci de Matos, Geovania de Sá e Fábio Schiochet. Convenhamos. Se são contra mesmo, porque admitiram a tramitação desta excrescência?

 

O “não“ acertado

Já os catarinenses que disseram não a esta indecência: Carlos Chiodini, Pedro Uczai, Carmen Zanotto, Ricardo Guidi, Celso Maldaner, Rodrigo Coelho, Gilson Marques e Rogério Peninha Mendonça. Estão de parabéns.

 

Sopro juvenil

Ainda que à distância, em razão da pandemia, jovens vereadores e vereadoras do Estado estão se articulando para as eleições da nova diretoria da União dos Vereadores de Santa Catarina (Uvesc). As eleições ocorrem durante o encontro estadual, dia 24, em Florianópolis. Lucas Ramilo (PP), de Faxinal dos Guedes, saiu na frente ao estruturar rapidamente uma chapa com uma dezena de jovens líderes de diferentes regiões. Eles prometem fazer barulho e chegar à disputa levando o sopro do rejuvenescimento político.

 

Revolta na Alesc

A tragédia que colapsa os hospitais em todas as regiões de Santa Catarina revoltou os deputados, que cobraram a compra de vacinas e a responsabilidade do governo federal na sessão de quarta-feira da Assembleia Legislativa.

 

Eskudlark ataca Bolsonaro

“Só tem um culpado, é o governo federal; só tem uma solução que acaba com necessidade de falta de leito de UTI, lockdown: vacina. É a omissão generalizada do governo federal. Eduardo Pazuello, que vem a Chapecó e a Xanxerê, tem de ser recebido a ovo”, discursou Maurício Eskudlark (PL), que cobrou do Ministério da Saúde milhões de doses de vacinas para o estado.

 

Esquerda e MDB

Luciane Carminatti (PT), Doutor Vicente Caropreso (PSDB), Ada de Luca (MDB), Paulinha (PDT), Padre Pedro Baldissera (PT), Moacir Sopelsa (MDB) e Fabiano da Luz (PT) concordaram com Eskudlark.

 

Mui amigo

Curiosamente neste ataque coordenado contra o presidente na Alesc, a artilharia foi puxada por Maurício Eskudlark, do PL, partido pilotado em Santa Catarina pelo senador Jorginho Mello. O deputado estadual é ligado ao comandante da sigla. Em Brasília, o senador envida todos os esforços para colar a imagem e a atuação a Jair Bolsonaro. Aqui no Estado, contudo, seus comandados disparam pesado na direção do presidente.

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