Coluna do dia

Pedaladas no TCU

Pedaladas no TCU

Dilma Rousseff ganhou mais 15 dias para “explicar” as chamadas pedaladas fiscais, manobras contábeis consideradas irregulares e que aumentaram a dívida da União em cerca de R$ 40 bilhões no ano eleitoral de 2014.

Como em matemática dois mais dois são quatro, na verdade não há o que explicar. Os adiamentos, ela já havia “ganho” 30 dias antes da nova prorrogação, são resultado de influência política.

Assim, a presidente ganha mais duas semanas para tentar ganhar fôlego no Congresso. Esta semana, que antecedeu as manifestações previstas para domingo, já foi mais leve para a petista.

A folga no TCU, especulam atentos observadores da cena política, já é resultado do café da manhã de Lula da Silva com Michel Temer, Renan Calheiros, José Sarney, Jader Barbalho, Eunício Oliveira e Henrique Alves esta semana.

Sabe-se que o ex-presidente e o ex-escudeiro de Fernando Collor (Renan) controlam, cada um, três votos no TCU. Como o colegiado tem nove ministros, basta haver vontade política para evitar que a corte responsabilize Dilma pela grosseria fiscal que comeu solta no ano da reeleição.

As contas até podem ser rejeitado pelo tribunal, mas pelo visto não será Dilma Rousseff responsabilizada, e sim o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o secretário do Tesouro Nacional da época.

 

 

Endemia

José Serra, na passagem pelo Estado, esta semana, resumiu a situação: “O PT transformou a corrupção em forma de governo.”

 

 

Aliado

Uma das figuras mais enroladas da República, Renan Calheiros, voltou a dar as cartas no país. Agora, Dilma Rousseff depende dele. Tanto para barrar a pauta-bomba no Congresso quanto para evitar o pior no TCU. Como recompensa, o presidente do Senado poderia ficar de fora da denúncia da Procuradoria-Geral da República no contexto da Operação Lava Jato.

 

 

Pavimentando

Secretário Milton Hobus (Defesa Civil) reúne-se, nesta sexta-feira, com lideranças do PSD em Agrolândia e Blumenau.

 

 

Protocolar

Não anda das melhores a relação entre o prefeito em exercício de Lages, Toni Duarte, e a deputada e correligionária Carmen Zanotto. O pano de fundo são as eleições de 2016.

 

 

Sem fundos

Os catarinenses Jorginho Mello, João Rodrigues e Carmen Zanotto compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito, da Câmara dos  Deputados, que vai investigar suspeitas de roubalheira nos fundos de pensão de servidores públicos. Poderiam iniciar pelo Celos, dos funcionários da Celesc!

 

 

De volta

Ex-deputado Ivo Vanderlinde, um peemedebista da gema, sem mandato há 25 anos, será candidato a vereador em Itapema. Antigamente, sua base política era Rio do Sul.

 

 

Encrenca

Prefeito de Balneário Camboriú, que anda sumido, foi denunciado pelo Ministério Público por suspeita de improbidade administrativa. Ele teria favorecido uma companhia da própria prefeitura na rumorosa obra da Passarela da Barra, que já consumiu milhões e está praticamente parada.

 

 

Parceria

Senador Dário Berger (PMDB) está fechadíssimo com o prefeito de Florianópolis, Cesar Junior (PSD). Dois de seus principais interlocutores na Capital, Deglaber Goulart e Tiago Silva, ocupam secretarias na gestão do pessedista.

 

 

Panelaço

No domingo, todos os olhos voltados para as manifestações de rua. Elas podem, se forem encorpadas, tirar a tranquilidade aparente que Dilma Rousseff viveu esta semana.

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