Pelo adiamento das eleiçõe
O Instituto Paraná realizou pesquisa entre os dias 23 e 26 de maio com 2.280 pessoas de todo o Brasil.
Foram três perguntas relacionadas à situação dos prefeitos e das eleições municipais neste contexto de pandemia.
Sobre a atuação dos mandatários municipais no combate ao Coronavírus, 42,3% dos ouvidos consideram boa ou ótima a condução dos líderes. Para 28,7% o trabalho dos alcaides é ruim ou péssimo.
Para 26,2% o desempenho dos prefeitos é apenas regular. Os pesquisadores também quiseram saber se os prefeitos que estão indo bem diante da crise extrema são favoritos à reeleição. O resultado é expressivo: 61,8% responderam que sim contra 30,6% que acham que não.
Por fim, os entrevistados foram inquiridos sobre a possibilidade de adiamentos das eleições de outubro, quando os brasileiros iriam eleger ou reeleger prefeitos e vereadores.
O resultado é ainda mais significativo: 65,3% dos brasileiros são favoráveis ao adiamento do pleito. Apenas 28,7% disseram que são contra uma nova data eleitoral.
Mais o que fazer
Como se pode medir pela Pesquisa do Instituto Paraná, o cenário de pandemia e suas consequências nefastas na vida do país não é favorável à realização da eleição municipal de outubro. Somente os políticos e os juízes (pois movimenta-se pelo menos R$ 2 bilhões via Justiça Eleitoral) estão interessados nisso. A população tem coisas mais importantes para fazer, como tentar sobreviver de alguma maneira à pior crise desde a Segunda Guerra mundial.
Frigorífico
A Justiça desinterditou a planta frigorífica da JBS da cidade de Ipumirim, no Meio-Oeste catarinense, em um despacho neste sábado, 30. A decisão contou com o envolvimento do Governo do Estado, que atuou ao lado dos produtores de carne para evitar o abate sanitário de 650 mil aves, o que provocaria um grande problema ambiental para a região.
Lado
O governador Carlos Moisés comemorou a decisão judicial e lembrou a importância econômica do setor agroindustrial para Santa Catarina. Segundo ele, os frigoríficos estão comprometidos em respeitar as normas sanitárias determinadas pela administração estadual. Moisés claramente está tentando se alinhar ao setor empresarial, mas segue evitando maiores aproximações com os políticos.
Bucha
Na sexta-feira, quando o assunto do frigorífico fervia no Oeste, nos meios empresariais e políticos, a conta do tal abate sanitário ia ficando para o governador do estado. Políticos como a deputada Caroline De Toni se manifestaram, deixando claro que a norma que obrigaria ao sacrifício das milhares de aves era estadual e não federal. Novamente, entraram em rota de colisão os bolsonaristas e o governador. Daí a comemoração dupla de Moisés da Silva.
Escolas na mira
“Um verdadeiro desestímulo à livre iniciativa, trata-se de equivocada interferência na economia privada e desestabilização da harmonia social”. Trecho da nota enviada hoje pelo Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina às escolas particulares e divulgada à imprensa. Afirma o professor Marcelo Batista de Sousa, presidente do Sindicato, que a iniciativa do Ministério Público de SC ignora “que os estabelecimentos de ensino têm fielmente cumprido as medidas de emergência, a legislação de ensino, em especial, neste momento, a Resolução nº 09/2020 e o Parecer nº 179/2020 do Conselho Estadual de Educação, e as recomendações desses próprios organismos.”