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Peninha, Dário e Gabriel unem esforços para combater a ameaça dos javalis

Febre aftosa, peste suína africana e peste suína clássica, destruição de lavouras e ataques a seres humanos – estes são alguns dos riscos que a proliferação descontrolada de javalis representa para o Brasil. Natural da Europa, a espécie começou a ser criada na Argentina e Uruguai, acabou se disseminando pelo Rio Grande do Sul e invadindo boa parte do Sul e Sudeste brasileiro – com destaque para Santa Catarina. Sem predador natural, o javali se reproduziu com facilidade e rapidez, e hoje requer força tarefa pública para ser controlado. Nesta semana, em Brasília, o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB), o deputado estadual Gabriel Ribeiro (PSD) e o senador Dário Berger (PMDB) se reuniram para traçar estratégias de mobilização em defesa do controle desses animais.

Na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, Dário tem requerimento já aprovado para a
realização de uma audiência pública com o intuito de debater o tema. O encontro será em Brasília,
possivelmente em abril, com a presença de caçadores, membros do IBAMA, CIDASC e agricultores atingidos
pelas malhadas. Na Câmara dos Deputados, Peninha também atua em favor da caça para o controle de espécies
exóticas. É dele a proposta que dá autonomia aos estados para legislarem sobre sua fauna. “Não é
aceitável que Amazonas e Santa Catarina tenham que seguir a mesma cartilha ambiental. São realidades
completamente diferentes, e precisam de legislações específicas”, defende ele. O deputado estadual
Gabriel Ribeiro coordena um grupo de trabalho para elaborar relatórios sobre a invasão de javalis na
Serra Catarinense e sugerir alternativas. Assim como no Brasil, dezenas de países controlam a população de javalis por meio da caça, evitando danos para a economia, saúde e meio ambiente. Estima-se que, por ano, sejam abatidos 850 mil javalis nos Estados Unidos, 600 mil na Alemanha e 750 mil na França. A caça ao javali é permitida no Brasil desde 2013, mas existe a exigência de cadastro do caçador como agente de manejo de espécies invasoras, além do
registro da arma – o que torna burocrático e moroso o processo para a caça legal. Além disso, o animal
abatido não pode ser transportado para fora da propriedade. Desde 2011, a Polícia Militar Ambiental
emitiu 349 autorizações de caça de javali em propriedades da região serrana e registrou o abate de 3.099
animais. “Santa Catarina é reconhecida internacionalmente por sua excelência sanitária e 60% do valor de sua
produção agropecuária é gerado pelo setor de proteína animal. Não podemos permitir que uma espécie
invasora ponha em risco essa parcela tão importante da nossa economia”, alertou Peninha. Aos caçadores
registrados, a Cidasc distribui kits para realizar exames de sangue dos javalis abatidos, a fim de
levantar dados sobre sanidade. Estas informações são importantes para a manutenção dos certificados
internacionais e segurança para o consumo da carne.

Na foto, da E para a D: Peninha, Dário e Gabriel.

Foto> divulgação

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