Deputado solicitou rapidez na aprovação do herbicida equivalente ao Totril para que agricultores não fiquem sem opção
Uma comitiva liderada pelo deputado federal catarinense Rogério Peninha (MDB) esteve com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, nesta quarta-feira (09), na busca pela solução de um problema que afeta milhares de produtores de alho e cebola de todo o Brasil e pode causar desabastecimento na próxima safra. “Pedimos para que a análise do substituto do herbicida do Totril, que saiu do mercado, seja feita até setembro”, explica Peninha.
O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) e Cebola (ANACE), Rafael Corsino, também participou e explicou à ministra que há anos os produtores vinham utilizando o Totril (à base de ioxynil octonoato) para combater ervas daninhas sem prejudicar a planta. Agora, os produtores ficaram desassistidos. “Haverá um aumento de 7% no custo de produção com a saída do Totril, prejudicando muito a competitividade”, afirmou Corsino.
Alternativa em análise
De acordo com os especialistas, de todos os compostos analisados até agora, apenas uma alternativa mostrou-se viável para substituir o Totril, denominada “Fico”. A ANACE já havia protocolado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento o pedido, que é urgente, segundo as lideranças.
De acordo com a ministra, a solução mais rápida para que a próxima safra não seja prejudicada é emitir um decreto para enquadrar o uso emergencial do herbicida, até a lei ser aprovada e sancionada.
SC é o maior produtor do Brasil
As culturas de alho e cebola no Brasil somam uma área de 63 mil hectares e geram mais de R$ 5 bilhões para a economia nacional. Santa Catarina é o estado que mais produz e a cidade de Ituporanga, no Alto Vale do Itajaí, é reconhecida como a Capital Nacional da Cebola.
Também participou da audiência, o deputado José Victor (PL), de Minas de Gerais, estado que tem a maior área de alho plantada do Brasil, com 7.500 hectares e é o quarto maior produtor de cebola.