A dobradinha econômico-financeira da gestão Jorginho Mello está definida. Já havíamos anunciado o titular, o executivo Cleverson Siewert, que está deixando a iniciativa privada, onde era o CEO de uma empresa com faturamento milionário, em Joinville, para enfrentar um desafio dos grandes.
Afinal de contas Jorginho Mello assume em 1ᵒ de janeiro já tendo a missão de auxiliar os municípios castigados pelas chuvas com prejuízos consideráveis. Não só com recursos estaduais, mas também tendo a missão de buscar verbas na União. Possivelmente com o adversário Lula da Silva já devidamente acomodado no Palácio do Planalto.
Claro que o governador vai se apoiar no Fórum Parlamentar, mas nunca é uma tarefa fácil conquistar verbas em Brasília.
Desde a redemocratização, os sucessivos governos têm ignorado olimpicamente Santa Catarina. É uma vergonha e um descaso absurdos, mas isso nunca é pauta na “mídia”. Estão muito mais empenhados em apoiar a ditadura que se alastra e manter suas gordas verbas públicas do que pensar no estado, no país e nas pessoas.
Número dois
Não bastasse esse desafio, Jorginho Mello terá outro já na largada. Por isso que a dobradinha anunciada para a Fazenda é preparada e afiada. O adjunto será o fiscal Augusto Piazza, que comandou a auditoria em Santa Catarina no governo Raimundo Colombo.
Equilíbrio financeiro
Siewert, com a ajuda de Piazza, assumirá a Fazenda com as finanças equilibradas, em bom estado, etc e tal, dinheiro em caixa e fornecedores em dia. Tudo certo. Não estamos em um estado pré-falimentar. Longe disso. Ocorre, no entanto, que as perspectivas arrecadatórias não são nada animadoras. Muito antes pelo contrário. Em outubro já se registrou queda na receita, tanto de ICMS como na somatória de todos os tributos.
Queda livre
O ICMS registrou 9% de perda e a arrecadação global foi de menos 12%, números bem preocupantes. Também considerando-se os reajustes liberados por Moisés da Silva ao funcionalismo antes das eleições.
Outro cenário
As majorações até poderiam ser bem absorvidas se a arrecadação mantivesse a escala de crescimento, o que provavelmente não acontecerá.
Salada mista
Então já são pelo menos um abacaxi e um pepino para serem descascados pela equipe de Jorginho Mello já a partir de janeiro.
Escassez
Aquela bonança, aquela fartura, será coisa do passado. Arrecadação em queda e a aprovação da PEC do Foro de São Paulo, que manda às favas qualquer responsabilidade fiscal neste país, começam a já formar um cenário de tempestade perfeita na economia. Sem contar a censura, as prisões arbitrárias e ilegais, o fechamento lento e gradual da Câmara dos Deputados. Ou seja, a absoluta instabilidade política que traz prejuízos incalculáveis à economia.
Previsão do tempo
Tempos sombrios que, salvo engano, ficarão absolutamente nebulosos em poucos meses. A conferir!
Com Sarney e Lobão
Maranhense radicado em Santa Catarina, o procurador federal Georgino Melo e Silva almoçou recentemente na casa da família Sarney, em Brasília.
Amigo do clã há décadas, Georgino foi um dos convivas para o ágape de aniversário de Dona Marli, esposa do ex-presidente. O filho Zequinha Sarney, deputado federal, e o fiel escudeiro Edison Lobão também estavam presentes.